Até levar o primeiro gol, o América tinha o jogo sob controle. As investidas da equipe do São José, sempre com bolas alçadas para o interior da área, até mesmo nas cobranças de laterais, eram interceptadas pelo sistema defensivo. Nada fora do normal para uma equipe que atuava fora de casa, contra um adversário acostumado a jogar em um gramado impróprio para a prática do futebol. 

Se nada de estranho acontecesse, o América voltaria para casa pelo menos com um ponto. No entanto, o zagueiro Gilvan cometeu uma falta, que achei desnecessária, nas proximidades da área, e na cobrança da falta veio o gol do adversário aos 19 minutos do segundo tempo. O goleiro Bruno não conseguiu defender um foguete do goleiro do São José. 

Para piorar, 4 minutos depois, o atacante mais baixo do São José conseguiu marcar de cabeça o segundo gol após a cobrança de escanteio. 

Com o resultado adverso, o técnico Thiago Carvalho mexeu no meio de campo e colocou o meia Léo Rafael e depois Elvinho, tentando alterar a forma da equipe jogar. No entanto, a mudança não surtiu efeito. O gramado não é adequado para o estilo de toque de bola. 

No finalzinho, Wallace Pernambucano, que não marca desde o empate contra o Botafogo/PB, desperdiçou a cobrança de uma penalidade. 

Saímos em busca de seis pontos e voltamos com três, resultando em um aproveitamento de 50%. Foi o ideal? Claro que não, mas poderia ter sido pior. 

Certa vez, o técnico Murici Ramalho disse: "Com o controle remoto na mão, meu filho, eu não perco um jogo". Para quem tem solução para tudo, é fácil disputar um campeonato sem tropeços. Muita calma nesta hora, muita calma nesta hora.