A criação da SAF é uma necessidade urgente para o América. O clube, que não tem receita suficiente para disputar as competições importantes do futebol brasileiro, tem enfrentado dificuldades financeiras que levaram à renúncia de presidentes nas últimas décadas. A falta de recursos para manter o futebol tem dificultado, por exemplo, a busca por conselheiros dispostos a assumir a gestão do clube.

Em algumas ocasiões, o América se desfez de parte do seu patrimônio para cobrir as despesas do futebol. No entanto, essa solução nunca foi suficiente para colocar o clube em uma posição financeira estável. A introdução da SAF pode trazer um aporte financeiro e estrutural que o clube tanto precisa. Podemos até fingir que o problema (falta de recursos) não exista, mais isso não o faz ir embora. 

A SAF é fundamental para tornar a equipe competitiva e pronta para alcançar novos acessos no futebol brasileiro. Disputar a Série D por alguns anos foi terrível e ninguém quer mais isso. O Conselho Deliberativo do América precisa entender que a SAF é uma realidade que muda o sistema arcaico e implanta um novo modelo de gestão. Negociar o aumento de participação do clube na SAF é legítimo, mas isso não pode ser uma condição sine qua non para a aprovação da SAF.

A SAF vai modernizar o Centro de Treinamento, concluir a primeira etapa da Arena América (quem comprou camarote sabe o que isso significa) e injetar recursos nas categorias de base e no futebol feminino, que é uma exigência legal e da CBF. A não aprovação da SAF pode trazer riscos graves para o clube, como a continuidade das dificuldades financeiras e a falta de competitividade da equipe.

Portanto, é importante que o Conselho Deliberativo do América aprove a criação da SAF. Essa decisão pode mudar o futuro do clube e colocá-lo em um patamar de destaque no cenário do futebol brasileiro.