É necessário manter os pés fincados no chão e a convicção que estamos somente no princípio da competição, mas a evolução do América nos últimos jogos da Série D tem, sem dúvida alguma, o dedo do técnico Paulinho Kobayashi. O crescimento gradativo da equipe pode ser notado nos seguintes pontos: 

1) hoje o América tem um time considerado titular e que sofre apenas alterações pontuais, como a que ocorreu no último jogo com a saída de Ewerton e a entrada de Vitor Paiva. O torcedor sabe que nas demais posições a escalação terá Everton Silva, Edimar, Marcelo Augusto, Renan Luís, Felipe Guedes, Romarinho, Anderson Paraíba, Rondinelly, Augusto e Wallace Pernambucano;

2) o América evita ao máximo sair jogando com a ligação direta entre defesa e ataque (o popular chutão). Os volantes Felipe Guedes e Romarinho têm exercido papel fundamental nas saídas de bola, cadenciando o jogo, mantendo a posse de bola (o adversário tende a correr mais) e variando taticamente a distribuição da bola com os alas Renan Luís e Everton Silva ou com os meias Anderson Paraíba e Rondinelly;

3) a melhora de rendimento de Wallace Pernambucano tem uma participação importante de Kobayashi. Antes, o jogador não era considerado titular. Começava muitas vezes no banco e entrava no decorrer da partida. Mesmo atravessando um mal momento, o treinador apostou todas as fichas em WP, que foi titular nos cinco jogos da Série D e voltou a marcar gols;

4) o ambiente interno é mais leve. Paulinho Kobayashi não esbraveja, mas tem liderança, assume culpa e não distribui responsabilidade, respeita para ser respeitado. Sabe conduzir o grupo pois já esteve lá dentro das quatro linhas. Jogava o fino da bola. Foi craque; 

Isso significa que o América conseguirá o acesso ou navegará em águas tranquilas nas próximas rodadas? Claro que não. A Série D não é flor que se cheire. As últimas edições ensinaram que não basta fazer uma boa campanha na primeira fase. A caminhada é longa e difícil. Estamos apenas no caminho certo. Espero.