Tanto para começar a Série D com o pé direito como para o início de trabalho do técnico Paulinho Kobayashi, o que o América mais precisava era sair com os três pontos diante do Campinense. Infelizmente, não foi isso que aconteceu e o time amargou um empate frustrante e agora vai precisar recuperar (se é que se recupera) os pontos perdidos fora de casa.

O time até que criou algumas boas chances de gol, pressionou o adversário, mas também viveu momentos de perigo. O placar magro não retratou o que ocorreu dentro de campo. O artilheiro Zé Eduardo, voltando de contusão, foi apenas discreto (saiu no intervalo para a entrada de Augusto) e Wallace Pernambucano ficou mais uma vez devendo. Isso contribuiu para o 0x0, além da infelicidade da bola de Augusto ter tocado a trave depois de uma belíssima jogada de dribles desconcertantes. 

Paulinho Kobayashi - que vai ter muitas dificuldades - optou por uma formação com três zagueiros (Maurício, Edmar e Brand) para teoricamente ter dois alas ofensivos. Pelo lado esquerdo, Renan Luís conseguiu fazer bem o papel e por várias vezes tramou boa jogadas. O mesmo não ocorreu com Wallace Rato, atuando improvisado na outra ala, tratou basicamente da marcação. Ewerton Silva ou André Krobel precisam retornar urgentemente para o próximo jogo.

Pelo meio, o meia Rondinelly mostrou mais uma vez que tem qualidade, mas noto que falta alguém para jogar com ele. Wallace Pernambucano poderia ser esse homem, mas é muito pesado e vai terminar o ano apenas fazendo a função de pivô. Nada mais que isso. Precisamos de bola na rede. 

Para resumir e não perder tempo: precisamos qualificar - não é quantificar - o grupo. Com o atual elenco, o torcedor vai sofrer e o clube corre o risco de amargar mais um ano de Série D. A diretoria precisa agir e oferecer jogadores de qualidade para Paulinho Kobayashi. Futebol não existe fórmula mágica, mas competência é um ponto fundamental.