Quero dirigir minha palavra ao torcedor americano que, assim como eu, tem no amor ao clube a sua principal bandeira e sua dedicação inabalável.
Cheguei à presidência em 2015 movido pelo desejo de ajudar o América em um momento de extrema dificuldade.
Coloquei o meu nome à disposição para fomentar o debate de propostas e aglutinar aqueles que desejavam a vitória da nossa nação alvirrubra.
O momento exigia abnegação de quem quer que fosse diante do cenário de inúmeros e graves problemas financeiros e gerenciais.
Fui eleito por unanimidade e busco durante todos os dias de mandato honrar a confiança de todos. E assim continuarei a fazer.
Não é neste momento de dificuldade que irei esmorecer ou desistir do compromisso assumido perante à Nação Americana.
Muito ao contrário, renovo minhas forças e mantenho o meu compromisso. O momento requer união.
Compreendo a crítica construtiva. Entendo a tristeza de cada americano(que é a minha), embora saiba que o ataque pessoal, a agressão pela agressão e o linchamento moral em nada contribuem na crise.
Ao contrário, segregam, dividem, afastam e acentuam a dor coletiva.
Estou aberto a quem queira contribuir com o trabalho árduo, a dedicação irrestrita, a busca pelas soluções e, inclusive, a enfrentar as vitórias e as derrotas. Assim como o futebol requer.
Quanto ao futebol, acrescento nosso esforço por Justiça, que é a permanência na Série C. Reafirmo aos americanos que estou cumprindo meu dever de defender, de forma incansável, os interesses do América.
Não iremos compactuar com irregularidades que possam prejudicar o nosso clube.
Estou trabalhando, com respaldo jurídico, no objetivo de restabelecer a legalidade, que é a punição daqueles que tenham burlado os trâmites exigidos para prejudicar o América. Contem com meu entusiasmo e minha determinação na causa que é nossa.
Vamos olhar para frente, com humildade e reconhecendo, com altivez, os erros cometidos ao longo do ano.
Continuo presidente do América movido pelo sentimento de amor e principalmente responsabilidade.
Convoco todos os americanos para juntos reerguermos o nosso clube. Sem essa união, o desfecho será novamente implacável e indesejável a cada um de nós.
A história do América não me deixa dúvidas da nossa capacidade de reação. Sempre crescemos na adversidade.
De minha parte, não faltará o compromisso, a coragem, o esforço e a responsabilidade para fazer valer cada ano desta história centenária que muito nos orgulha e estimula a seguir adiante.
Recomeçar para vencer faz parte da luta de quem batalha na convicção do ideal comum: O América de todos nós e, em especial, do seu maior patrimônio: o torcedor.
Beto Santos
Pte. América F.C.
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