É claro que praticamente todo mundo saiu ontem do estádio com uma pontinha de frustração diante do empate com o Clube do Remo. A vitória, como sempre, seria o resultado ideal para consolidar a reação do América dentro da competição. Tivemos chance de matar o jogo, principalmente no primeiro tempo. As oportunidades foram construídas - isso é um bom sinal - e por muito pouco não ampliamos o placar. Sofremos um gol quando tínhamos o domínio da partida. Não podemos esconder que o Remo também teve chance de sair de campo com uma vitória, notadamente no segundo tempo. Camilo, que para alguns falhou no gol de Edno, acabou evitando a derrota quando o meia Eduardo Ramos chutou uma bola que tinha o caminho certo do canto esquerdo baixo. A vitória não apareceu ontem, mas a postura do América agradou. Vi um time mais intenso, agredindo o adversário o tempo inteiro, sem se acovardar. Bem diferente da época de Sérgio China. Não foi um time perfeito, é óbvio. Isso não existe. Mas deu para notar que o América conseguiu se impor. Mostrou personalidade de um verdadeiro mandante. Falhas individuais, discordância sobre a escalação de um ou outro jogador, uma substituição equivocada, isso tudo faz parte do roteiro de uma partida. Agora é pensar no clássico. Não existe nada perdido. O campeonato continua aberto.