Na Reunião Anual de Negócios do Ifab (International Football Association Board), entidade que regulamenta as leis do futebol, em 7 de janeiro, os diretores do órgão recomendaram fortemente que os testes com auxílio de vídeo à arbitragem sejam aprovados na Reunião Anual Geral, que acontecerá de 4 a 6 de março. Lukas Brud, secretário-geral do Ifab, adianta à Folha a possibilidade de que os juízes da Série A do Brasileiro recebam essa ajuda em breve.
Brud é uma espécie de coordenador geral das atividades do Ifab, entidade composta por representantes das quatro associações britânicas (Escócia, Inglaterra, Irlanda e País de Gales) e da Fifa.
De acordo com ele, os testes só não foram aprovados na reunião mais recente porque a entidade aguarda a participação do presidente da Fifa, que será escolhido em 26 de fevereiro.
"O Ifab prefere que os testes sejam feitos em torneios de menor repercussão, para não alimentar a expectativa pública. Mas nesse caso, em que dependemos de imagens de televisão, talvez tenhamos que fazer nas ligas superiores. No caso do Brasil, o cronograma é favorável, então, é possível", diz.
A primeira rodada do Brasileiro está marcada para 15 de maio, dois meses depois da reunião decisiva do Ifab. Já os principais torneios europeus só começam em agosto.
Brud conta que Brasil, EUA e Holanda têm interesse na tecnologia, mas apenas um deles –sem revelar qual– manifestou interesse em usar o vídeo exclusivamente em seus principais torneios, o que agrada ao Ifab.
É provável que Brud esteja se referindo ao Brasil. À Folha, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, já havia afirmado no início deste mês que pretendia ter o auxílio da tecnologia nas Séries A e B do Brasileiro de 2016.
O secretário do Ifab explica que há três modelos em estudo. No primeiro deles, o preferido da Comissão de Arbitragem da CBF, o árbitro recebe instrução via ponto eletrônico e toma decisão em campo.
No segundo, ele ouve a instrução, sai de campo, revê o lance na televisão e, então, decide. A NFL (liga norte-americana de futebol americano) conta com recurso parecido.
No terceiro modelo, visto como negativo na reunião do Ifab, as equipes poderiam pedir a revisão de lances ao árbitro, que então assistiria aos lances na TV e tomaria uma decisão definitiva, como acontece no tênis e no vôlei.
Essa terceira alternativa deve ser descartada.
Da Folha de São Paulo
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