A disputa entre a emissora e as operadoras foi longa, com a Copa do Nordeste sofrendo um efeito colateral, mas o caminho em 2016 aponta para uma alta visibilidade, segundo informa o Blog de Esportes. Desde 2013, quando o torneio voltou ao calendário oficial, a exibição na tevê paga era restrita, uma vez que o Esporte Interativo, detentor dos direitos, estava em apenas 18,7% das assinaturas do país, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ou seja, apenas 3.633.059 domicílios sintonizados – descontando o sinal aberto e as parabólicas.
Do outro lado, Sky, Net e Claro, que acabaram pressionadas em 2015 após a aquisição do EI sobre os direitos de transmissão da Champions League por três anos. As operadoras mantiveram os braços cruzados durante a fase de grupos do torneio europeu. Contudo, com o “drible” através da exibição da algumas partidas nos canais Space e TNT – pertencentes ao grupo americano Turner Broadcasting System, o mesmo do Esporte Interativo -, o acordo parcial saiu. A partir de janeiro de 2016, Net e Claro, que somam 10 milhões de lares, passam a exibir as duas versões do canal esportivo, o EI Maxx e EI Maxx 2.
Assim, o alcance da Lampions League sobe instantaneamente para 13,7 milhões de assinantes, alcançando 71% do mercado de televisão paga. Uma valorização automática da Lampions, cuja premiação na próxima edição, com Santa Cruz e Sport, será de R$ 14,8 milhões, num aumento de 33% em relação ao torneio vencido pelo Ceará. O Nordestão, aliás, tem um exemplo claro do que significa uma oferta maior no catálogo. A decisão de 2014, com o título leonino no Castelão, teve 4,5 milhões de telespectadores, numa transmissão nacional simultânea entre o Esporte Interativo e o Space, presente na Sky e na Net. A tendência é que o número passe a ser recorrente com o novo modelo. Em tempo: os direitos da Copa do Nordeste estão negociados até 2022.
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