A Fifa estuda anunciar nesta sexta-feira (26) mudanças na regulamentação de transferências de jogadores que limitem ou até mesmo excluam a participação de investidores na compra de atletas.
O comitê executivo da entidade avançou nesta quinta-feira (25) na discussão desse tópico.
A informação foi confirmada à Folha pelo presidente da Uefa, Michel Platini, e pelo presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, depois do primeiro dia de encontro.
Segundo Platini, a ideia é banir de vez a participação desses investidores nos direitos econômicos dos atletas. Ou seja, somente clubes poderiam ser donos dos jogadores, pondo fim à prática de "fatiá-los" com investidores.
Questionado pela reportagem sobre o alcance da mudança, o dirigente da Uefa foi claro: qualquer clube do futebol mundial.
Ele defende o veto à ação de fundos de investimentos, como o DIS, que ajudou o São Paulo a tirar Ganso do Santos, e a Traffic, que já teve o Palmeiras como parceiro.
Já Del Nero adotou um tom mais leve: aposta na regulamentação da prática, mas não excluindo-a do futebol, pelo menos no curto prazo. O mercado brasileiro seria um dos mais afetados por qualquer alteração na lei. São raros os jogadores dos grandes times do país que têm 100% dos direitos econômicos vinculados ao clube.
O mais normal são casos como o de Ganso. O São Paulo tem só 32% dos direitos do meia. Ou seja, em caso de uma transferência de R$ 10 milhões para o exterior, o clube ficaria com R$ 3,2 milhões, e o DIS, com o restante do valor.
Apesar de estar na agenda da Fifa há pelo menos dois anos, a medida ganhou força recentemente pela pressão feita pelos clubes ingleses.
Como o uso de investidores terceiros (que não sejam donos de clubes) é proibido na Inglaterra, os gigantes da Premier League precisam adquirir a íntegra dos jogadores quando o compram de outros mercados e têm de fatiar o pagamento entre vendedores.
Além de Espanha e Portugal, países do leste europeu e da América do Sul são os que mais utilizam recursos desses grupos de investimento para negociar jogadores. O dinheiro colocado nos atletas já estaria em torno de € 1 bilhão de euros (R$ 3 bi).
A questão é que dirigentes da Conmebol argumentam que a estrutura econômica de clubes sul-americano é muito inferior à dos ingleses, alguns deles, como Manchester City e Chelsea, com um único e bilionário dono.
Ou seja, grupos de investimentos seriam fundamentais para manter jogadores no Brasil ou em qualquer outro país neste contexto, alegam.
O comitê executivo da entidade avançou nesta quinta-feira (25) na discussão desse tópico.
A informação foi confirmada à Folha pelo presidente da Uefa, Michel Platini, e pelo presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, depois do primeiro dia de encontro.
Segundo Platini, a ideia é banir de vez a participação desses investidores nos direitos econômicos dos atletas. Ou seja, somente clubes poderiam ser donos dos jogadores, pondo fim à prática de "fatiá-los" com investidores.
Questionado pela reportagem sobre o alcance da mudança, o dirigente da Uefa foi claro: qualquer clube do futebol mundial.
Ele defende o veto à ação de fundos de investimentos, como o DIS, que ajudou o São Paulo a tirar Ganso do Santos, e a Traffic, que já teve o Palmeiras como parceiro.
Já Del Nero adotou um tom mais leve: aposta na regulamentação da prática, mas não excluindo-a do futebol, pelo menos no curto prazo. O mercado brasileiro seria um dos mais afetados por qualquer alteração na lei. São raros os jogadores dos grandes times do país que têm 100% dos direitos econômicos vinculados ao clube.
O mais normal são casos como o de Ganso. O São Paulo tem só 32% dos direitos do meia. Ou seja, em caso de uma transferência de R$ 10 milhões para o exterior, o clube ficaria com R$ 3,2 milhões, e o DIS, com o restante do valor.
Apesar de estar na agenda da Fifa há pelo menos dois anos, a medida ganhou força recentemente pela pressão feita pelos clubes ingleses.
Como o uso de investidores terceiros (que não sejam donos de clubes) é proibido na Inglaterra, os gigantes da Premier League precisam adquirir a íntegra dos jogadores quando o compram de outros mercados e têm de fatiar o pagamento entre vendedores.
Além de Espanha e Portugal, países do leste europeu e da América do Sul são os que mais utilizam recursos desses grupos de investimento para negociar jogadores. O dinheiro colocado nos atletas já estaria em torno de € 1 bilhão de euros (R$ 3 bi).
A questão é que dirigentes da Conmebol argumentam que a estrutura econômica de clubes sul-americano é muito inferior à dos ingleses, alguns deles, como Manchester City e Chelsea, com um único e bilionário dono.
Ou seja, grupos de investimentos seriam fundamentais para manter jogadores no Brasil ou em qualquer outro país neste contexto, alegam.
Da Folha de São Paulo
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