Andrey fez uma, fez duas, fez três, fez quatro defesas para se gravar
e se debater durante os próximos dez anos. Andrey, o androide humano
com seu capacete protetor, silenciou milhares de rubronegros paranaenses
e segurou nas suas luvas a vaga do América na Copa do Brasil.
Baé, o torcedor e símbolo vermelho, está liberado para se ajoelhar
sobre caroços de milho até a próxima geração rubra. Tudo por Andrey, um
goleiro elástico e incorporado à galeria dos ídolos americanos desde que
saiu do ABC para vestir o blusão rival com a técnica indiscutível
aliada ao equilíbrio emocional que muitas vezes lhe faltou.
Uma defesa aos 48 minutos do segundo tempo, à queima-roupa como um
tiro mortal e irremediável, consolidou os fortes do Rio Grande do Norte
nas quartas, para ira inútil da mídia sulista. O América segurou seu 2×0
em dramaticidade de invejar suspense de telona. Graças a Andrey,
androide.
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