O Brasileiro 2013 foi o primeiro campeonato disputado com as novas arenas, erguidas sob o padrão Fifa para a Copa do Mundo deste ano. Ao término das 38 rodadas, e logo na temporada inaugural, as modernas praças esportivas impactaram profundamente o cenário.
124 partidas da Série A foram jogadas no Castelão, Fonte Nova, Mané Garrincha, Maracanã, Mineirão, Arena Pernambuco e Arena do Grêmio (a única que ficou de fora do Mundial). A média de público alcançou 28.917 por jogo.
O número é 247% maior do que o registrado nas arquibancadas dos velhos estádios, onde a bola rolou 256 vezes. No Pacaembu, Morumbi, Couto Pereira e Vila Capanema, por exemplo, a média de comparecimento apontou 11.672 torcedores.
“A melhor infraestrutura atraiu mais pessoas para as arenas. Acessos, banheiros, alimentação, tudo em melhores condições, uma realidade oposta do que o torcedor conhecia”, afirma Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão esportiva.
Outros dois fatores também impulsionaram a diferença. A novidade e os resultados de campo. “Sem dúvida os dois elementos foram decisivos para a mudança”, comenta Alessandro Rodrigues, professor e consultor de marketing esportivo, autor de um estudo sobre o tema.
O Mané Garrincha, em Brasília, retrata bem a curiosidade do público. Santos e Flamengo inauguraram a praça na capital federal em maio, na despedida de Neymar rumo ao Barcelona, para um público de 63.501 pessoas, recorde do Nacional.
O Cruzeiro reuniu os dois elementos. Na campanha que lhe valeu o título da competição a Raposa foi acompanhada por 28.911 pessoas em média nas cadeiras do remodelado Mineirão. No ano passado, sem “casa própria”, o clube contou com 13.027 pessoas por compromisso.
Além de mais público, as novas arenas representaram um incremento considerável no caixa. A média de renda bruta atingiu R$ 862.843. Descontadas todas as despesas, aluguel e etc., a renda líquida bateu em R$ 516.563.
Nos estádios antigos a grana que entrou para os cofres dos clubes foi bem menor. Em média, R$ 255.653 de renda bruta. A renda líquida ficou em R$ 114.427 por confronto.
“O faturamento maior foi consequência do preço dos ingressos. Em alguns casos o preço foi altíssimo”, explica Alessandro Rodrigues. No jogo em Brasília de Santos e Flamengo os bilhetes variavam de R$ 160 a R$ 400, resultando em uma renda de R$ 6,9 milhões, a terceira maior da história do futebol brasileiro.
Entretanto, quando se fala em dinheiro, ainda há alguns pontos a serem resolvidos. “Os grupos operadores das arenas ficam com uma parcela das rendas, ou recebem um aluguel, há diversos formatos. Ou seja, nem sempre o que aparece como renda chegou aos cofres dos clubes”, alerta Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri Consultoria, empresa especializada em marketing e gestão esportiva.
No confronto jogado em Brasília, o Peixe, mandante do jogo, embolsou somente R$ 800 mil. A bolada acabou nas mãos da empresa que “comprou” os direitos do duelo.
A expectativa agora é sobre a influência em 2014 dos demais palcos ainda em construção para a Copa do Mundo. Restam por inaugurar o Beira-Rio, a Baixada, Itaquerão, as arenas de Cuiabá, Manaus e Natal – apesar de estar fora do Mundial, o novo campo do Palmeiras também pode ser incluído na conta. “A tendência é que o mesmo fenômeno se repita. Especialmente no Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Nos outros locais já será mais complicado”, comenta Amir Somoggi.
E se o impacto inicial deve prosseguir favorável, o futuro ainda é incerto. “Vamos precisar ainda de um pouco de tempo para analisarmos essa nova realidade. Temos uma chance de crescimento, mas será preciso saber administrá-la”, complementa Rodrigues.
124 partidas da Série A foram jogadas no Castelão, Fonte Nova, Mané Garrincha, Maracanã, Mineirão, Arena Pernambuco e Arena do Grêmio (a única que ficou de fora do Mundial). A média de público alcançou 28.917 por jogo.
O número é 247% maior do que o registrado nas arquibancadas dos velhos estádios, onde a bola rolou 256 vezes. No Pacaembu, Morumbi, Couto Pereira e Vila Capanema, por exemplo, a média de comparecimento apontou 11.672 torcedores.
“A melhor infraestrutura atraiu mais pessoas para as arenas. Acessos, banheiros, alimentação, tudo em melhores condições, uma realidade oposta do que o torcedor conhecia”, afirma Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão esportiva.
Outros dois fatores também impulsionaram a diferença. A novidade e os resultados de campo. “Sem dúvida os dois elementos foram decisivos para a mudança”, comenta Alessandro Rodrigues, professor e consultor de marketing esportivo, autor de um estudo sobre o tema.
O Mané Garrincha, em Brasília, retrata bem a curiosidade do público. Santos e Flamengo inauguraram a praça na capital federal em maio, na despedida de Neymar rumo ao Barcelona, para um público de 63.501 pessoas, recorde do Nacional.
O Cruzeiro reuniu os dois elementos. Na campanha que lhe valeu o título da competição a Raposa foi acompanhada por 28.911 pessoas em média nas cadeiras do remodelado Mineirão. No ano passado, sem “casa própria”, o clube contou com 13.027 pessoas por compromisso.
Além de mais público, as novas arenas representaram um incremento considerável no caixa. A média de renda bruta atingiu R$ 862.843. Descontadas todas as despesas, aluguel e etc., a renda líquida bateu em R$ 516.563.
Nos estádios antigos a grana que entrou para os cofres dos clubes foi bem menor. Em média, R$ 255.653 de renda bruta. A renda líquida ficou em R$ 114.427 por confronto.
“O faturamento maior foi consequência do preço dos ingressos. Em alguns casos o preço foi altíssimo”, explica Alessandro Rodrigues. No jogo em Brasília de Santos e Flamengo os bilhetes variavam de R$ 160 a R$ 400, resultando em uma renda de R$ 6,9 milhões, a terceira maior da história do futebol brasileiro.
Entretanto, quando se fala em dinheiro, ainda há alguns pontos a serem resolvidos. “Os grupos operadores das arenas ficam com uma parcela das rendas, ou recebem um aluguel, há diversos formatos. Ou seja, nem sempre o que aparece como renda chegou aos cofres dos clubes”, alerta Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri Consultoria, empresa especializada em marketing e gestão esportiva.
No confronto jogado em Brasília, o Peixe, mandante do jogo, embolsou somente R$ 800 mil. A bolada acabou nas mãos da empresa que “comprou” os direitos do duelo.
A expectativa agora é sobre a influência em 2014 dos demais palcos ainda em construção para a Copa do Mundo. Restam por inaugurar o Beira-Rio, a Baixada, Itaquerão, as arenas de Cuiabá, Manaus e Natal – apesar de estar fora do Mundial, o novo campo do Palmeiras também pode ser incluído na conta. “A tendência é que o mesmo fenômeno se repita. Especialmente no Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Nos outros locais já será mais complicado”, comenta Amir Somoggi.
E se o impacto inicial deve prosseguir favorável, o futuro ainda é incerto. “Vamos precisar ainda de um pouco de tempo para analisarmos essa nova realidade. Temos uma chance de crescimento, mas será preciso saber administrá-la”, complementa Rodrigues.
Da Gazeta do Povo
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