As autoridades inglesas prenderam 46 mil torcedores de futebol nos últimos 13 anos por atos de violência. Das prisões, 55% ocorreram fora dos estádios, e 45%, dentro.
É o que mostra levantamento da Folha em dados do governo britânico sobre punições desde 2000, quando foi criada a lei que endureceu o controle dos "hooligans".
Essa parte violenta da torcida inglesa era uma das mais temidas do mundo do futebol até um passado recente. As coisas mudaram e os números talvez indiquem o porquê.
Com a lei, foram estabelecidas condutas passíveis de prisão, como desordem pública e violenta, abuso de álcool e invasão de gramado.
As autoridades locais receberam aval para banir os arruaceiros dos estádios, por prazos que variam de três a dez anos, dentro e fora da Inglaterra --os passaportes são confiscados em dia de jogos.
Na última temporada, por exemplo, 2.451 pessoas cumpriam ordem de não entrar nos estádios, sendo que 471 receberam a punição durante o ano (139 na Premier League, a elite do futebol inglês).
Em entrevista à Folha, o promotor Nick Hawkins, chefe da equipe da Procuradoria britânica que investiga violência no futebol, comemora os resultados alcançados.
"Nos últimos dez anos, tivemos uma significativa redução da violência nos estádios. Eu acho que vários fatores contribuíram para isso."
Segundo ele, o segredo é identificar, prender, processar e banir quem aterroriza o mundo do futebol.
"Nós também tivemos muitos problemas, quando não tínhamos apoio da força da lei, mas, se isso é uma prioridade do país, do clube, seja no Brasil ou na Inglaterra, é possível acabar com a desordem", afirma Hawkins.
Ele não sabia que o total de presos era de 46 mil, uma média de 3.500 por temporada em todas as divisões --como na terceira, em que 231 foram detidos no último ano.
"Não tinha essa informação porque nem todas as prisões viram acusações, mas o dado não me surpreende."
O combate à violência na Inglaterra tem sido usado como modelo no debate sobre o tema no Brasil, rotineiramente palco de cenas de brigas entre torcedores.
A mais recente ocorreu em Joinville, no jogo entre Atlético-PR e Vasco pela última rodada do Brasileiro. Até agora, 23 foram presos por causa da pancadaria no estádio.
É o que mostra levantamento da Folha em dados do governo britânico sobre punições desde 2000, quando foi criada a lei que endureceu o controle dos "hooligans".
Essa parte violenta da torcida inglesa era uma das mais temidas do mundo do futebol até um passado recente. As coisas mudaram e os números talvez indiquem o porquê.
Com a lei, foram estabelecidas condutas passíveis de prisão, como desordem pública e violenta, abuso de álcool e invasão de gramado.
As autoridades locais receberam aval para banir os arruaceiros dos estádios, por prazos que variam de três a dez anos, dentro e fora da Inglaterra --os passaportes são confiscados em dia de jogos.
Na última temporada, por exemplo, 2.451 pessoas cumpriam ordem de não entrar nos estádios, sendo que 471 receberam a punição durante o ano (139 na Premier League, a elite do futebol inglês).
Em entrevista à Folha, o promotor Nick Hawkins, chefe da equipe da Procuradoria britânica que investiga violência no futebol, comemora os resultados alcançados.
"Nos últimos dez anos, tivemos uma significativa redução da violência nos estádios. Eu acho que vários fatores contribuíram para isso."
Segundo ele, o segredo é identificar, prender, processar e banir quem aterroriza o mundo do futebol.
"Nós também tivemos muitos problemas, quando não tínhamos apoio da força da lei, mas, se isso é uma prioridade do país, do clube, seja no Brasil ou na Inglaterra, é possível acabar com a desordem", afirma Hawkins.
Ele não sabia que o total de presos era de 46 mil, uma média de 3.500 por temporada em todas as divisões --como na terceira, em que 231 foram detidos no último ano.
"Não tinha essa informação porque nem todas as prisões viram acusações, mas o dado não me surpreende."
O combate à violência na Inglaterra tem sido usado como modelo no debate sobre o tema no Brasil, rotineiramente palco de cenas de brigas entre torcedores.
A mais recente ocorreu em Joinville, no jogo entre Atlético-PR e Vasco pela última rodada do Brasileiro. Até agora, 23 foram presos por causa da pancadaria no estádio.
Da Folha de São Paulo
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