7 de dez. de 2013

Entrevista de Gustavo Carvalho à Tribuna do Norte

Você está animado com essa união do América em torno do seu nome?
Sinto-me gratificado. Animado eu desejo que fiquemos todos nós com as vitórias em 2014. A união do América eu vou perseguir para que ela continue também na nossa administração, pois a vejo como fundamental para os resultados do clube.

Como político, você acredita que essa falta de pleito no América é salutar?
O América terá pleito, sim. A candidatura única não é escolha minha, mas escolha dos eleitores. Sinto dos torcedores, conselheiros, sócios, ex- presidentes esse desejo e quero agradecer a confiança que estou recebendo de todos. Qual o político que n se sente feliz com consenso?

Para ser presidente do América é preciso ter um sobrenome forte?
Se fosse assim, a escolha não seria em torno do meu sobrenome. Afinal, não venho de família tradicional e tenho vínculo e amor pelo América por herança de um homem simples e que foi durante toda sua vida apenas torcedor: meu avô paterno, Aurino Cardoso de Carvalho.

Se não, por que o conselho deliberativo costuma fechar suas escolhas em cima de um universo bem limitado?
Quando olho a galeria de ex-presidentes, não tenho essa visão de clube fechado. Vejo uma galeria plural de homens dignos e que ao longo de suas vidas dedicaram ao nosso clube muito trabalho e as vezes até sacrifícios. Um clube a beira do centenário que já foi dirigido por 54  presidentes, não pode ser considerado como fechado. Esse é o meu entendimento.

Gustavo acredita que essa atitude pode inibir o aparecimento de novas lideranças dentro do clube?
O surgimento de novas lideranças é um processo que se fortalece com a naturalidade. Renovar só por renovar, eu não entendo como salutar e temos alguns exemplos que me fazem perceber que penso certo quando afirmo isso. Eu buscarei  a corrente mais jovem do conselho para participar da nossa administração, mas o aparecimento da liderança deve surgir de forma natural e nunca só por necessidade.

O fato de você ter sido escolhido para comandar o clube no ano do centenário, pode ser encarado como um prêmio?
Tenho recebido esse apoio como prêmio. Sei o valor da instituição que irei comandar para o futebol Brasileiro e fico feliz com a homenagem.

O Gustavo Carvalho de antes sempre se mostrou adepto do futebol, dizia que se pudesse aplicaria todo dinheiro na área. Hoje essa visão modificou?
Tenho uma visão de que o América é noventa por cento regido pelo futebol, hoje. Assim, basta aplicar a ele a racionalidade da proporcionalidade.

Como o futuro presidente encara a construção da Arena do Dragão? Ela é realmente necessária?
Não digo como necessária, mas hoje a vejo como um bom projeto irreversível que terá o nosso apoio e receberá nossa maior atenção e carinho.

Você conheceu o céu e o inferno como presidente do América. Isso vai provocar alguma mudança em sua forma de administrar o clube?
Como conheci os dois, perseguirei todo dia me distanciar a passos largos do inferno. [Risos]

Da forma como você vai pegar o América, dá para prometer coisas boas aos torcedores?
 Quero elogiar o trabalho e a administração de Alex. Receberei um América muito organizado como resultado de um trabalho dedicado e que deu ao nosso clube uma visão empresarial de gestão. A profissionalização acontecer com diretores não remunerados é muito mais louvável e digna de aplausos. Parabéns a todo corpo diretivo da gestão atual, fico esperando o apoio de todos para permanecermos com essa filosofia.

Por falar em torcedores, aquela série de protestos devido a campanha de 2007 na série A, deixou alguma marca em sua vida?
Naquele momento lamentei a forma com que os protestos aconteceram, mas eles não me deixaram marcas porque eles não foram reproduzidos pelo América e sim por torcedores que não souberam, ao meu ver, equilibrar suas emoções com as razões necessárias a todo administrador.

Pesando os erros e os acertos que foram cometidos em sua primeira administração. O que poderemos ver de diferente agora?
Uma maior descentralização da gestão e a busca da excelência com uma lupa no orçamento.

Pela perseguição que sofreu, você viu que não há gratidão no futebol. Gustavo ainda irá realizar promessas aos torcedores?
Confesso não ter me sentido perseguido, mas sim incompreendido. Em relação a gratidão, ela acontece no futebol, por exemplo, o momento de hoje é gratificante pra mim. Já em relação ao torcedor, é muito natural que ela só aconteça quando o seu time conquiste o pódio. Quando ascendemos da C para B e da B para A, foram momentos gratificantes e inesquecíveis na minha vida.    Promessas não farei, mas esperanças não deixarei nem de tê-las  nem de reproduzi-las.

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