Com sérias dificuldades para encontrar um investidor para o Palmeiras, o
presidente Paulo Nobre se tornou, sozinho, o "patrocinador máster" do
clube alviverde.
Até julho, o cartola já havia emprestado ao Palmeiras R$ 29 milhões. O
valor equivale a 35% da receita esportiva de R$ 82,7 milhões no período,
aponta o balanço financeiro do clube.
Dois conselheiros ouvidos pela Folha afirmaram que a quantia deve
chegar a R$ 45 milhões neste mês. É um valor que supera em quase três
vezes o que Kia, patrocinadora de fevereiro de 2012 a maio passado,
pagava anualmente --R$ 17 milhões.
Na prática, Nobre, que é investidor do mercado financeiro, toma
empréstimo dando seus negócios como garantia e repassa o dinheiro ao
clube. Com a medida, alega a diretoria, o Palmeiras economiza até 50% do
que pagaria apenas em juros bancários.
O primeiro empréstimo, de R$ 1,5 milhão, ocorreu em abril, para ajudar a
quitar os gastos com o departamento esportivo, de aproximadamente R$ 15
milhões por mês.
A medida foi repetida para reforçar o elenco, como na contratação do meia Mendieta (R$ 5 milhões), em junho.
"Era um compromisso de campanha meu não pôr esforços próprios para
contornar essa situação", admitiu Nobre ao ser questionado pela Folha na festa de 99 anos do clube, no fim de agosto.
"Foi necessário e está sendo feito um planejamento que eu vou receber
absolutamente tudo antes de sair desta presidência", completou o
cartola, que já tem sido criticado internamente pela dependência
financeira.
O clube estuda a criação de um fundo de investimento para quitar a
dívida com Nobre e levantar receitas. Entre janeiro e julho, o Palmeiras
já acumulou R$ 22,4 milhões de deficit financeiro.
Da Folha de São Paulo
1 comentários:
Quando sair do clube vai deixar um rombo, que só vendo!!! rsrsrs. Impressionante como os clubes são usados para se lavar dinheiro. Igual ao São Paulo que dizem que os diretores trabalham sem remuneração mas, ninguém quer lagar o osso. Pois agente sempre vê o clube quebrado mas, nunca se vê o presidente quebrado.
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