O público fraco no clássico carioca na Arena Pernambuco, com 7.882 pagantes e prejuízo de R$ 41 mil no borderô, repercutiu fora do estado. Na imprensa do Sudeste, o tema foi discutido nas mesas redondas mais conhecidas da tevê, informa o jornalista Cássio Zirpoli.
O fiasco teria sido motivado pela “resistência cultural do futebol pernambucano”.
Abaixo, as opiniões dos jornalistas Juca Kfouri, no programa Linha de Passe, da ESPN Brasil, Lédio Carmona, no Redação Sportv, e Luiz Roberto, no Bem, Amigos!, ambos do Sportv. Todos no mesmo tom.
Juca Kfouri
“O futebol brasileiro comete contra si mesmo o equívoco de achar, de desconhecer por exemplo o perfil do torcedor pernambucano. O torcedor pernambucano se orgulha de dizer que é Sport, é Náutico e é Santa Cruz. Se há um torcedor no Nordeste que se orgulha de dizer isso e reprime os outros que dizem ser Flamengo, Vasco e Fluminense, é o torcedor pernambucano. É uma questão de orgulho estadual não ir a um Clássico Vovô.”
O fiasco teria sido motivado pela “resistência cultural do futebol pernambucano”.
Abaixo, as opiniões dos jornalistas Juca Kfouri, no programa Linha de Passe, da ESPN Brasil, Lédio Carmona, no Redação Sportv, e Luiz Roberto, no Bem, Amigos!, ambos do Sportv. Todos no mesmo tom.
Juca Kfouri
“O futebol brasileiro comete contra si mesmo o equívoco de achar, de desconhecer por exemplo o perfil do torcedor pernambucano. O torcedor pernambucano se orgulha de dizer que é Sport, é Náutico e é Santa Cruz. Se há um torcedor no Nordeste que se orgulha de dizer isso e reprime os outros que dizem ser Flamengo, Vasco e Fluminense, é o torcedor pernambucano. É uma questão de orgulho estadual não ir a um Clássico Vovô.”
Lédio Carmona
“Não deu público porque o torcedor do Recife, do estado de Pernambuco, torce para Náutico, Sport e Santa Cruz. Ele torce muito, é muito apaixonado. Tem uma resistência. Eles são apaixonados pelos clubes deles e não tem espaço para clube de outro estado. O resultado financeiro era esperado. Eles não querem receber esses jogos. É um direito. É a cultura local.”
“Não deu público porque o torcedor do Recife, do estado de Pernambuco, torce para Náutico, Sport e Santa Cruz. Ele torce muito, é muito apaixonado. Tem uma resistência. Eles são apaixonados pelos clubes deles e não tem espaço para clube de outro estado. O resultado financeiro era esperado. Eles não querem receber esses jogos. É um direito. É a cultura local.”
Luiz Roberto
“Acho que ficou aqui um alerta, uma confirmação. Me foi perguntado outro dia sobre o fato de jogos de times de outros estados acontecerem na Arena Pernambuco. Não teremos no Recife a mesma pegada de outras capitais do Nordeste. O Recife é uma cidade peculiar nesse aspecto. Ela é muito com os times locais. Não adianta porque no Recife não será como Natal, por exemplo, João Pessoa etc.”
“Acho que ficou aqui um alerta, uma confirmação. Me foi perguntado outro dia sobre o fato de jogos de times de outros estados acontecerem na Arena Pernambuco. Não teremos no Recife a mesma pegada de outras capitais do Nordeste. O Recife é uma cidade peculiar nesse aspecto. Ela é muito com os times locais. Não adianta porque no Recife não será como Natal, por exemplo, João Pessoa etc.”
12 comentários:
Parabéns ao povo pernambucano por saber dar valor ao que é da terra, deles é claro!
Enquanto isso, por aqui, os clubes locais são vaiados quando joga contra os de fora, principalmente, os cariocas.
Deviamos aprender com os pernambucanos, torcer apenas para os times locais. Para mim o jogo que mais me atrai é o do mecão, e o segundo que mais me atrai é o do abC, para poder secar.
Fico muito Feliz por isso e, ao mesmo tempo, triste por não acontecer no RN. Mas, ainda não acredito 100% nessa resistência pernambucana. Só teremos uma opinião mais segura quando o Flamengo for jogar lá. Ai sim teremos certeza...
Bruno
se colocar o flamengo jogando em Pernambuco, tenho certeza que esse público triplica.
posto com qualquer um, que se o Flamengo jogar lá, A maioria torcerá pelo Flamengo.
ninguem valoriza o futebol do nordeste e a gora vem comessa historia que futebol pernambucano e barrista. eles querem que o nordestino ajude eles a desvalorizar o nordeste.
Lembrem-se que o futebol pernambucano, tem a troca de cupom por ingresso, acredito eu que por isso o público foi pequeno, é por isso que o público dos jogos dos times pernambucanos é muito grande devido essa promoção do governo, acredito que em outros jogos fora os times do estado, não tem essa promoção.
AT.
PAULO JORGE
Amigo, convenhamos que essa postura do pernambucano não é nenhuma novidade pra nós. Temos que entender que se trata de uma questão cultural, construída nas raízes da própria estória de lá. Seria uma agrande novidade sim, se esse fato ocorresse em outros locais com tradições culturais diferentes, ou seja, que assimila os valores de fora como melhores e superiores ao nosso, caso de alguns que foram citados, João Pessoa e Natal. Acho normal, cada um é o que é e é o que pode ser. Se vamos evoluir pra esse entendimento, aí é outra estória que vai exigir muito, mais muito trabalho mesmo, como por exemplo, fazer a maioria do povo do RN deixar de ter como primeira opção clubística o time do FLAMENGO.E não se engane a Arena das Dunas vai sobreviver de amistoso com esses grandes clubes do Sul sudeste, eles atraem público local, do interior do estado e da capital e do interior de estados vizinhos. Valeu pela intenção de suscitar a discussão e um sentimento mais voltado para os nossos valores. Mas, isso não se resolve da noite pro dia.
Concordo plenamente com os referidos comentaristas e gostaria que esse fosse o comportamento em todo o nordeste, em principal, AQUI.
Concordo plenamente com os referidos comentaristas e gostaria que esse fosse o comportamento em todo o nordeste, em principal, AQUI.
Celma Marques;
Não sei.mas,muita gente torce pro time da terra,que é o certo,e pra time de fora,outra paixão.E outra coisa,é o futebol brasileiro que estamos prestigiando ou não.
PRIMEIRO O MECÃO, DEPOIS MECÃO, DEPOIS MECÃO, DEPOIS MECÃO, DEPOIS TORCER CONTRA O BECEZINHO, É MUITO BOM SER MECÃO DE VERDADE, EXPERIMENTE.
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