Tão repugnante quanto os atos de vandalismo provocado pelos bandidos infiltrados no futebol é a inoperância do poder público frente ao problema.
Todo jogo envolvendo torcidas rivais no Rio Grande do Norte é a mesma coisa: correria, quebra-quebra, vandalismo, prejuízo para muitos e, de saldo, uma cidade que se coloca contra as torcidas - que, defendo eu, eu sua maioria são formadas por pessoas apaixonadas pelos seus clubes do coração.
Após tudo isso, também, é sempre a mesma coisa: pancadaria, spray de pimenta, gritos e, no fim, nada de prático.
Durante o Clássico-Rei de domingo passado vários grupos torcedores acusados de promover baderna no trajeto até o Frasqueirão foram vistos detidos pelos policiais. Até aí tudo normal.
O problema é que, mesmo com a inédita presença de uma delegacia móvel em frente ao estádio, nenhum destes acabou preso ou fichado. Nem o inútil TCO foi assinado.
A "solução" da PM é a mesma: distribuir meia hora de pancada nessas pessoas e depois liberá-las para que, quando passada a dor dos machucados, estas possam voltar aos estádios para cometer mais vandalismo.
Confirmação de tudo isso foi dada neste exemplo pela própria Polícia Militar. Foram pelo menos 19 ônibus quebrados, relatos de tiros no entorno do Frasqueirão, motoristas de transporte coletivo ameaçados por torcedores munidos de armas de fogo e absolutamente NENHUM preso.
Pior que isso: o comando de policiamento metropolitano, em entrevista ao NOVO JORNAL, classificou a operação do jogo como "dentro do esperado, sem nada de grave".
Talvez o PM tenha esquecido que um grupo de torcedores do ABC tentou entrar com "canivetes e estiletes enrolados em faixas e bandeiras" da torcida Garra Alvinegra.
Se eu estivesse no estádio como torcedor, não ficaria à vontade ao saber que estaria dividindo espaço com uma pessoa que foi até ali tentando entrar com objetos cortantes.
E, para que fique claro, os referidos "torcedores" entraram em campo. Sim. A inteligente solução da PM foi apenas recolher as armas.
Seus donos, como acontece aqui há anos, tiveram livre acesso. E continuarão tendo.
Com a devida conivência, diga-se.
Todo jogo envolvendo torcidas rivais no Rio Grande do Norte é a mesma coisa: correria, quebra-quebra, vandalismo, prejuízo para muitos e, de saldo, uma cidade que se coloca contra as torcidas - que, defendo eu, eu sua maioria são formadas por pessoas apaixonadas pelos seus clubes do coração.
Após tudo isso, também, é sempre a mesma coisa: pancadaria, spray de pimenta, gritos e, no fim, nada de prático.
Durante o Clássico-Rei de domingo passado vários grupos torcedores acusados de promover baderna no trajeto até o Frasqueirão foram vistos detidos pelos policiais. Até aí tudo normal.
O problema é que, mesmo com a inédita presença de uma delegacia móvel em frente ao estádio, nenhum destes acabou preso ou fichado. Nem o inútil TCO foi assinado.
A "solução" da PM é a mesma: distribuir meia hora de pancada nessas pessoas e depois liberá-las para que, quando passada a dor dos machucados, estas possam voltar aos estádios para cometer mais vandalismo.
Confirmação de tudo isso foi dada neste exemplo pela própria Polícia Militar. Foram pelo menos 19 ônibus quebrados, relatos de tiros no entorno do Frasqueirão, motoristas de transporte coletivo ameaçados por torcedores munidos de armas de fogo e absolutamente NENHUM preso.
Pior que isso: o comando de policiamento metropolitano, em entrevista ao NOVO JORNAL, classificou a operação do jogo como "dentro do esperado, sem nada de grave".
Talvez o PM tenha esquecido que um grupo de torcedores do ABC tentou entrar com "canivetes e estiletes enrolados em faixas e bandeiras" da torcida Garra Alvinegra.
Se eu estivesse no estádio como torcedor, não ficaria à vontade ao saber que estaria dividindo espaço com uma pessoa que foi até ali tentando entrar com objetos cortantes.
E, para que fique claro, os referidos "torcedores" entraram em campo. Sim. A inteligente solução da PM foi apenas recolher as armas.
Seus donos, como acontece aqui há anos, tiveram livre acesso. E continuarão tendo.
Com a devida conivência, diga-se.
Por Luan Xavier - repórter do Novo Jornal
6 comentários:
A solução é simples e fácil, é só aplicar a lei.
Pega esses cabras safados e aplica as punições do estatuto do torcedor. A punição é ser banido do futebol, todo dia de jogo o cara se apresenta na delegacia e só sai depois do jogo, quero ver depois que uns 50 pegarem essa punição as coisas comecem a melhorar.
A culpa é só da policia? Pois quando os bandidos vestidos de torcedores de ABC e America chegarem na delegacia vão ser soltos em menos de 1h, pois não tem vaga, não tem...
Caro Sérgio,
Nos clássicos em que os jogos são realizados em Goianinha não vemos estes tipos de confusões. Ou eu estou enganado...
Vamberto Brito
Custa acreditar que é somente falta de atitude para medidas mais eficazes, tem muitos interesses por trás disso. Quais? não tenho a menor ideia.
Amigo o poder público tem mais do que se preocupar, é com a Saúde e Educação e dar segurança as pessoas de bem, o que adianta a Polícia prender e a Justiça soltar, assim fica igual o gato e o rato
nao existe leis para colocar bandido na cadeia isso e lixo chamado brasil.
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