A disparidade de orçamento entre os clubes, tão criticada na Série A se torna gritante na Série B, principalmente quando um dos ditos grandes do futebol brasileiro estão inseridos na segundona, como este ano, em que o Palmeiras volta ao grupo de acesso dez anos depois. No acordo com a Rede Globo, que detém os direitos de transmissão dos jogos, não há redução de cota. Por isso, o Verdão terá, em 2013, os mesmos R$ 80 milhões do ano passado. Esse valor é superior à soma das cotas de todos os outros 19 clubes, inclusive o Sport, o segundo clube apadrinhado por esse benefício.
O time da Ilha terá direito a cerca de R$ 20 milhões. Os outros 18 times têm que se virar om R$ 3 millhões cada. Somados chegam a R$ 54 milhões, totalizando R$ 74 com o montante dos pernambucanos. A redução de cota começa no segundo ano na Série B para 75% do total. No terceiro ano, mais uma queda, para 50%. O quarto ano prevê mais um corte para apenas 25% da verba.
Dos 18 times da base da pirâmide apenas o América-MG ainda não assinou acordo. O presidente Marcos Salum afirmou que o valor não o agradou e por isso não assinou. Ainda ironizou os dois primos ricos. "Eles (Palmeiras e Sport) estão no pacotão. Eu estou no pacotinho", disse, em entrevista ao Portal UOL.
No entanto, o dirigente não vai ter muito a quem chorar. O presidente do Atlético-GO, Valdivino de Oliveira, não gostou do que foi oferecido mas não tinha outra alternativa. "Eles dizem que é o dinheiro que eles tinham. Não tem como você buscar outra alternativa".

Do Blog do Torcedor