Um ano após discussões para a liberação de venda de bebida alcoólica nas
arenas da Copa, um dos 12 estádios do evento deve receber o nome de uma
marca de cerveja.
O estádio de Salvador, palco do Mundial que será inaugurado no início de abril,
deverá se chamar Itaipava Arena Fonte Nova, conforme a Folha apurou.
A princípio, o contrato pelos direitos do nome do local seria apenas até
29 de maio, quando a Fifa passará a tomar conta das sedes da Copa das
Confederações, entre junho e julho deste ano.
A entidade que gere o futebol mundial é patrocinada pela americana
Budweiser e não permite a publicidade de empresas concorrentes durante
os seus eventos.
A ação comercial, com valor estimado em R$ 10 milhões, servirá para o
Grupo Petrópolis, do Rio de Janeiro -e que controla a Itaipava e outras
cinco marcas de cerveja, duas de energético e outras duas de vodca-
fortalecer a sua imagem no Estado.
A companhia está instalando uma fábrica em Alagoinhas (a 108 km de Salvador), onde já existe uma unidade da rival Schincariol.
A partida de abertura do estádio, no dia 7, será feita com um jogo entre
Bahia e Vitória e ainda terá show de Ivete Sangalo. A expectativa é
receber 50 mil pessoas.
Tanto o Grupo Petrópolis quanto as empreiteiras baianas OAS e Odebrecht,
que construíram a arena e vão comandá-la por 35 anos, dizem que as
negociações estão adiantadas, mas que ainda não se trata de algo
oficial.
Para o governo baiano, no entanto, a negociação já é tida como certa.
A arena era um espaço público e se tornou uma PPP (parceria
público-privada) em 2009, quando o consórcio entre a OAS e a Odebrecht
venceu a licitação do estádio.
O presidente do consórcio, Frank Alcântara, afirma que não vê problema em ter a arena associada a uma marca,"seja ela qual for".
"Porém não vamos descaracterizar o nome Fonte Nova, pois é uma marca
forte e deve ser preservada como patrimônio público", afirma.
O Estatuto do Torcedor veta a venda de bebida alcoólica nas praças
esportivas do país. A Lei Geral da Copa, sancionada em junho de 2012
pela presidente Dilma Rousseff, liberou a comercialização de cerveja no
Mundial e na Copa das Confederações.
Da Folha de São Paulo
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