20 de jan. de 2013

CAMPEÃO com letra maiúscula

O tempo passa apressado, as emoções se renovam, novas conquistas são adicionadas a história do clube, mas tem jogos que ficam gravados para sempre na memória do torcedor. Exemplo maior foi o da conquista da Copa do Nordeste pelo América. Duvido que algum americano consiga esquecer aquela noite de 04 de junho de 1998. Lembro, como se fosse hoje, que cheguei ao estádio por volta das 19h30min, imaginando encontrar na arquibancada o “meu lugar” reservado. Falo do “meu lugar”, pois quem costuma freqüentar estádio de futebol tem sempre um lugar preferido para acompanhar a partida. Entrei, Deus sabe lá como, pelo entupido portão 5. Pouca catraca para muito público. O cenário era de caos, mas naquela hora ninguém queria tapete vermelho. Empunhando uma pequena bandeira distribuída pelo laboratório Teutônico, o torcedor buscava apenas um cantinho com vista para as quatro linhas, no meio daquela multidão de 35 mil espectadores. O Machadão estava simplesmente “elétrico”. O Vitória, que havia vencido o primeiro jogo da final por 2x1, contava com o talento do gringo Petkovic, com a experiência do goleiro Sérgio e com o faro de gol do artilheiro Agnaldo. Como já era esperado, o jogo foi uma tremenda pedreira. O América, porém, cuidou de aliviar a tensão logo nos primeiros minutos, quando marcou dois gols relâmpagos: um com o baixinho Biro Biro e o outro com o "japa" Paulinho Kobayashi. Estava aberto o caminho para o título. Ledo engano. O rubro-negro não estava morto e diminuiu com o zagueiro Flávio no início do segundo tempo, colocando fogo no jogo. O adversário veio para o abafa e “São” Gabriel tratou de fechar o gol. Não passava nada, porém o resultado era idêntico ao do primeiro jogo da final no estádio Manoel Barradas. O América precisava de mais um gol para levantar a taça. Para alegria da torcida rubra, esse gol saiu com o volante Carioca, o “Boca Negra”, de pênalti, aos 34 minutos do segundo tempo. A partir daí, não teve mais jogo e só restou esperar o apito final do árbitro Wilson de Souza Mendonça. Festa no Machadão, festa nas ruas de Natal. Um título merecido, suado e na minha opinião a maior conquista da história do América. Sem letras minúsculas, o torcedor americano tem orgulho de dizer que é CAMPEÃO DO NORDESTE.
Com você, o Mecão é ainda mais forte. Seja Sócio!

5 comentários:

Anônimo disse...

Aonde eu assino Sérgio? Foi exatamente assim. Sem contar o choro natural na face da cada torcedor. Uma noite inesquecível e não poderia deixar de afirmar "PERFEITA". Valeu AMÉRICA! Valeu GUERREIROS da conquista de 98.

Júlio (Shyriú)

Anônimo disse...

Uma vitória épica. Lembro cada minuto daquele dia que começou com a compra do ingresso na sede social. Não consegui me concentrar no trabalho e passei boa parte do dia vendo o movimento na sede, a doação dos torcedores para a compra dos fogos e o mais marcante de tudo pra mim: o supervisor Rui Soares esperava para fazer o pagamento referente à punição do atleta Carioca. Eu, no afã de torcedor apaixonado me dispus a ir com "seu" Rui até a FNF e fazer o bendito depósito pois Carioca iria fazer o gol do título. Bendita e iluminada previsão. Durante o jogo que assisti ao lado do meu velho pai vibrei, chorei, sofri e enfim, soltei o grito de campeão.
Esse é o América que eu amo incondicionalmente. Um América que muitos tentam imitar mas, esse é único.
ADAIL PIRES

cleyton disse...

Tinha 10 anos na época, mas lembro desse jogo como se fosse ontem! Dá-lhe Mecão!!!!!

Carrasco disse...

O terceiro gol, de penaltí, convertido pelo volante carioca foi marcado aos 13 minutos do segundo tempo. Penalidade do lateral esquerdinha em cima do principe negro da pousada, Moura.
Ponto alto: Os oito minutos seguidos de queima de fogos. Um espetáculo inesquecível que congestionou até o trânsito no alto da Prudente de Morais próximo ao ginásio do DED (eu estava no meio da arquibancada de frente ás cabines e fui testemunha) devido aos carros parando para olhar! Depois que a queima de fogos cessou, como o tempo estava chuvoso, a fumaça demorou a se dissipar e quem estava longe disse que o estádio ficou parecendo um 'caldeirão' fumegante. E foi nesse caldeirão que o supertime do Vitoria-BA foi cozido pelo Dragão!
Sem sombra de dúvidas, o maior título do futebol do RN em todos os tempos, muito mais valioso que qualquer 'coisa' de terceira!

Anônimo disse...

Desceu uma lagrima ao ler o texto. Mas nao segurei o choro ao ler o comentário do Adail Pires! Esse é o América que amamos! Ja diz meu avô: "se nao quer emoção, vai torcer pro abC ou pro Barcelona! Bruno

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