A queda do Palmeiras à Série B do Campeonato Brasileiro causa uma natural desvalorização do elenco em termos de valor de mercado, mas também expõe a disparidade financeira de um dos principais clubes do país em comparação com orçamentos e receitas modestíssimas. Pelos números do recém rebaixado, a disputa em 2013 terá a maior diferença de recursos financeiros entre o grande e os demais participantes da segundona.
Isso porque com a redefinição das cotas de TV, os clubes rebaixados não têm prejuízo no primeiro ano na Série B. Assim, o Palmeiras seguirá com os cerca de R$ 80 milhões que recebe anualmente da Globo, já que o novo acordo prevê que o valor só diminui caso o time permaneça fora da divisão de elite. Em contrapartida, um clube da Série B - tirando times maiores que negociaram cotas individualmente, como o Atlético-PR nesta temporada - ganham R$ 2 milhões da televisão.
Em relação ao patrocínio de camisa, o Palmeiras vive a expectativa de manter os R$ 25 milhões anuais que recebe da Kia Motors, anunciante principal que tem contrato de três anos com o clube (2012, 13 e 14). Procurada pelo ESPN.com.br, a empresa informou que tem uma cláusula que permite a revisão da relação anualmente. Assim, na última semana de janeiro, as partes se reunirão para tratar do tema e a diretoria palmeirense pode ter de lidar com uma proposta em que a montadora procure baixar o investimento
"É uma diferença surreal, não dá nem para comparar. É de nível de campeonato estadual", avalia Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria, especializada na análise econômica do esporte. "O contrato de TV não vai mudar. E a Kia pode manter os R$ 25 milhões, coisa que Corinthians e Vasco não tiveram. E tem um evento inédito que é a Libertadores. Se for mal, pode ter uma pressão extra para segurar o elenco tendo só a Série B. Mas imagina uma situação surreal em que o Palmeiras vence a Libertadores?", completou em entrevista ao ESPN.com.br por telefone.
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