Para ficar claro, pois algumas pessoas terminam imaginando que o atacante Max viajou ao Rio de Janeiro para fazer uma nova coleta de urina, vou tentar explicar como funciona essa questão de doping. Mediante sorteio, dois jogadores de cada equipe são escolhidos após os 30 minutos do segundo tempo. A coleta é feita em dois frascos. O frasco A conterá 2/3 da amostra e o B 1/3. Após isso, os frascos são lacrados e apenas no B será colocado um adesivo de segurança, autodestrutível e inviolável assinado pelo jogador e também pelo médico do clube. Os dois frascos são colocados numa sacola plástica, identificada, e encaminhados ao laboratório credenciado pela CBF. No laboratório, o funcionário confere as etiquetas de identificação e verifica se os lacres não foram violados. A amostra “B” será conservada intacta e custodiada no laboratório de modo que sua integridade seja preservada. 

Se o resultado for positivo ou adverso (que é o termo usado nesses casos de doping), o laboratório informará por escrito imediatamente ao Presidente da Comissão Nacional de Controle de Dopagem (CNCD), e este, por sua vez ao Presidente da CBF. Em seguida, o Presidente da CBF comunicará o resultado da amostra analisada simultaneamente ao jogador e ao clube. O jogador ou o clube terão o direito de exigir, dentro das vinte e quatro horas seguintes ao recebimento da comunicação, e isso foi feito por Max, a realização da segunda análise utilizando a amostra “B” que será efetuada em data e hora estabelecida pela Presidência da CNCD e pela direção do laboratório que realizará o exame. A análise da amostra “B” deverá ser feita com a presença de um representante da CNCD e ser acompanhada pelo jogador e/ou representante do clube. Essa nova análise foi feita ontem pela manhã no Rio de Janeiro na presença do jogador americano. 

Após o término do processo, o mesmo será enviado ao Presidente da CBF que o encaminhará imediatamente ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para julgamento e aplicação das sanções previstas em lei.