Quando se ventilou a possibilidade de realização do clássico com torcida única, muita gente torceu o nariz e disse que seria um atestado de falência do sistema de segurança e a vitória do "mal sobre o bem". Pois bem. No último domingo, o que se viu na frente do Maria Lamas foi um verdadeiro campo de guerra, com ônibus apedrejados, corre-corre e garrafadas servindo de munição. Um caos. Tudo isso num estádio que tem portões de acesso diferenciados e distantes. Isso só ocorreu por conta da presença de duas torcidas. Se alguém tiver um pingo de juízo, sabe que o jogo de Goianinha no segundo turno terá que ser realizado apenas com a torcida do América. Se no Maria Lamas a Polícia Militar não conteve os vândalos, imagine no Nazarenão. Não custa nada lembrar que no jogo contra o Paysandu, na última rodada do brasileiro, cerca de trinta torcedores paraenses resolveram comparecer ao estádio e o que se viu foi uma grande confusão. O que as autoridades estão esperando para adotar uma medida mais dura? Uma tragédia? Um óbito? É bom que se diga que o problema não acontece dentro dos estádios e sim do lado de fora, tanto na chegada como na saída dos torcedores. Como o mando de campo no segundo turno é do América, a medida mais prudente será realizar o jogo com torcida única. É o preço que se vai pagar por conta de gente que vai ao estádio apenas para brigar. Infelizmente.

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