Qual será sua maior preocupação agora, como futuro presidente do América?
Montar uma grande diretoria, e que os novos diretores mesclados com os mais experientes consigam tornar o América um clube viável. Isso que dizer que iremos trabalhar para profissionalizar o clube em cada uma de suas áreas que terá a figura do presidente, do diretor, mas fundamentalmente daquele profissional que irá viver o América 24 horas.
Entre suas prioridades pessoais estarão o quê?
Participei de todas as grandes conquistas do América nos últimos anos, conquistei acessos, o título do Campeonato do Nordeste e estaduais. Mas pelo que me recordo, nosso clube, sem estar licenciado, nunca passou tanto tempo sem conquistar um Estadual. Há oito anos não sentimos esse gosto, que terá um sabor bem diferente neste meu início de administração como presidente. Vamos fazer passo a passo todos os nossos objetivos e o primeiro deles, como foi acordado com o treinador Flávio Araújo e com todos os atletas com os quais renovamos os contratos é a conquista do Estadual. Todos estão cientes disso.
Você renovou com Flávio Araújo que vai disputar o Estadual para ser campeão, em não sendo, como fica a situação? A mentalidade de trocar técnico no América acabou?
Veja bem, eu fui campeão estadual com Ferdinando e mantive o técnico, fomos com Adílson Batista, que ninguém queria por ser inexperiente na época, e não pudemos renovar o contrato. Eu não tenho tendencia de mudar treinador. Quando assumi interinamente a vaga de presidente com a ausência de Gustavo Carvalho, em 2006, eu trouxe Heriberto da Cunha, renovamos com ele e só mais tarde Gustavo o trocou por Estevam Soares porque naquele momento achavam que nós precisávamos de um treinador mais experientes. Eu gosto de algumas aposta e antes de tudo gosto de vencedores. Eu quero saber o que um técnico ou um atleta ganhou antes traze-lo para o América. Flávio ganhou dois acessos da C para B, segurou o Icasa na série B quando todos esperavam que a equipe seria uma das rebaixadas, é vitorioso.
Está sendo difícil controlar a ânsia de voltar a disputar a série B?
Nós temos de voltar as nossas atenções para as competições que serão disputadas primeiro. Eu mesmo, nessa entrevista, já estou falando bastante de série B. Temos de nos desfocar disso, foi assim que perdemos os Estaduais de 2006 e 2007. O time estava mais preocupado em disputar o Brasileiro, os jogadores evitavam dividir as bolas e quem fizer isso agora não ficará no grupo que irá disputar a série B. Estou logo avisando no ato das renovações contratuais que a conquista do título local é uma das prioridades de 2012. Quem não tem condição de ser campeão estadual ou pelo menos brigar em pé de igualdade com o ABC, também não tem condição de compor um elenco que irá disputar uma série B.
Há quem diga que você só irá assumir a presidência do América por que o clube voltou a série B. O que acha disso?
É justamente o contrário. O acordo que havia feito com a minha família era para só assumir a presidência do América caso ele não conseguisse subir para série B. Minha mãe e minha família sabem de quantas noites mal dormidas eu já passei por causa das coisas do América e me escreveram uma mensagem lembrando desses momentos. Inclusive já chorei muito lendo isso, pois sei o quanto todos sofrem me vendo sofrer. Eu combinei com elas, que só assumiria em caso de insucesso na série C, tinha dado minha palavra. Quando levei a questão para Hermano Moraes, o presidente do conselho José Rocha, Ricardo, Paulinho Freire e Cléber, meu vice-presidente, eles disseram que seria imprescindível minha presença como presidente agora. Fiquei mais aliviado por que quando nos dirigíamos para o local do jantar, minha mãe ligou e mandou que eu seguisse o meu coração.
Diante do relatório que você pegou para estudar a situação financeira do América. Como é que você vai pegar esse clube?
O América tem algumas perspectivas. Se você conseguir fazer 500 conselheiros, já terá em mãos R$ 1 milhão, se fizer dois mil sócios-torcedores acrescenta ai mais R$ 800 mil. Nós estamos acreditando na torcida, pois ela também vem dando sinais de que nunca confiou tanto no América. Toda vida eu achava os nossos torcedores meio desconfiados, ela está mais esperançosa de que os nossos acertos vão superar o número de erros, uma vez que eles não vão deixar de acontecer e é em cima disso que estamos apostando. Temos ainda a perspectiva da cota da série B, que vem dobrando e é paga pela televisão. Na terça-feira vou para o Rio de Janeiro participar de uma reunião na CBF para tratar da volta da disputa da Copa NE, mas também apostamos no sucesso de uma gestão.
Qual a importância de Hermano Moraes para o América?
Hermano Moraes foi de importância fundamental para o América, na hora que o nosso clube estava chegando numa espécie de encruzilhada, sem ninguém para assumir, ele topou o desafio e com sua força de trabalho contagiou a todos e o resultado foi esse que nós vimos. Então foi justamente naquela hora de indecisão que prometi a ele, que assumiria a presidência do clube após esse mandato tampão. Meu objetivo é de entregar ao meu sucessor, em janeiro de 2014, um América equacionado, além de uma base montada. Considero a falta de uma equipe base a pior coisa que existe no futebol e um dos pontos que endivida mais um clube. Teve um ano que pagamos R$ 32 mil a CBF apenas com as transferências de jogadores.
Aquela fase de contratar 73 jogadores numa temporada como em 2008 também acabou?
Naquele ano não havia outra alternativa, o time da série A de 2007 era de muito caro para realidade financeira do América, então nós tínhamos mesmo de contratar vários jogadores. A priore seriam 30, isso foi tudo muito rápido. Em termos de time, eu estou me sentindo um privilegiado neste ano, sabemos que o pessoal que ai está se valorizou muito com a conquista, mas ainda assim vai nos custar bem mais barato que se tivéssemos de ir ao mercado em busca de um novo grupo. O treinador conhece os atletas, a diretoria conhece o grupo, sabe do extra-campo de cada um e assim buscaremos diminuir a nossa margem de erro.
As dívidas elas existem?
Existem dívidas a quitar, mas que estão sob controle e não devem nos atrapalhar na tarefa de formação do elenco. Ainda não tenho um relatório preciso, o clube além das dívidas trabalhistas equacionadas com advogado Felipe Augusto, com quem firmamos acordo para pagar R$ 390 mil, divididos em parcelas de R$ 12 mil, tem pendências com Júlio Espinosa e Rodrigo Astudillo, mas podemos considerar o América um privilegiado neste ponto em relação aos demais clubes.
Por não existir oposição ao seu nome, você acredita que será mais fácil dirigir o América?
Eu acredito que sim, se você for uma pessoas responsável, que consiga aglutinar as pessoas, é melhor que não exista oposição. Mas a eleição é salutar, o problema seria a geração de uma oposição irresponsável, com picuinhas. Não conheço nenhuma pessoa dentro do conselho do América que seja contra o Alex. Eu nunca fiz posicionamento a favor de nenhum grupo, meu posicionamento é sempre favorável ao América.
Os dois últimos presidentes renunciaram por pressão e pelos problemas que o América estava enfrentando, você tem medo de passar pela mesma coisa?
Pressão eu não tenho medo algum, eu mesmo me coloco muita pressão. Comecei trabalhando vendendo picolés, montei um jornal, me tornei empresário, quebrei e me levantei de novo. Porém, devo confessar que sinto um medo de querer renunciar um dia, sinto medo mas não vou renunciar. Chegando o momento que a presidência esteja sendo ruim para minha saúde ou se surgir alguma campanha agressiva como fizeram no tempo de Gustavo de Carvalho eu posso tomar uma atitude radical. Gustavo teve uma postura muito digna de continuar exercendo o cargo frente a tanta ingratidão por parte da torcida. Eu não sei se, no lugar dele, não teria reagido de outra forma.
Se você sentir que sua administração estiver fazendo mal ao América, isso pode ser motivo de renúncia?
Não tenha dúvida. Sabendo de uma coisa dessa não teria coragem nem de me candidatar. Se alguém for capaz de apontar um mal que fiz ao clube o faça. Pelo contrário, as pessoas com as quais eu me desentendi para defender o América é que fizeram mal a mim. Sou muito direto em tudo, se tiver prejudicando saio.
Você encara a renúncia com um tipo de fraqueza?
Não. Encaro como opção. Roberto Bezerra é um dos caras mais inteligentes que conheço, um dos maiores vencedores e renunciou. Mas por trás de uma decisão dessa há outras coisas como a família que podem levar um presidente a tomar uma decisão extrema. José Maria, um cara duro, bom pai, empresário de sucesso é outro exemplo disso. Eu posso dizer que um homem desse é fraco? De modo algum. Existem situação que as vezes, por mais forte que as pessoas sejam, elas não conseguem administrar.
Você entrou em atrito com José Maria na época em que ele era o presidente?
Meu gênio é muito parecido com o de Zé Maria, não houve atrito, apenas opiniões divergentes em relação ao nome do treinador. Ele achava que o melhor para o América seria Ferdinando e eu era contra. Depois desse episódio não tivemos mais a chance de conversar, mas eu gosto muito dele.
Foi verdade que você impôs obstáculos para contratação de Ferdinando Teixeira?
Impus. O meu voto apenas, mas nenhuma outra condição. Na época disse apenas aos demais membros do futebol que não gostaria de trabalhar com ele. Eu disse várias coisas que me arrependi de dizer, fiz várias coisas das quais também me arrependi, acredito que Ferdinando deve ter feito o mesmo. Todas as pessoas que o conhecem o tratam como um cara sério, um homem de bem e eu não posso dizer o contrário. Mas ele errou comigo, quando se foi para o Fortaleza, disse que não iria levar ninguém do América e no outro dia chegou uma proposta do Fortaleza para Sandro Gaúcho. O grande desentendimento entre nós foi provocado por isso.
Qual Alex irá assumir o América, o empresário ou aquele jovem que vivia desafiando os adversários?
Um homem bem mais maduro, eu queria fazer uma gestão de dois anos sem citar em tom provocativo o nome do ABC. Não cabe mais isso no futebol por causa da violência, partindo provocações do dirigente é pior ainda. Acho que errei e não vou mais adotar aquele estilo brigador, se tiver de brigar vou faze-lo para o bem do meu time, não contra o outro. Na época fazia aquilo para combater Judas Tadeu, que tem todo o meu respeito e sentia a necessidade daquilo, com Rubens Guilherme é diferente, ele se trata de uma figura mais tranquila. As pessoas amadurecem na vida, levo meus filhos ao campo e vejo exemplos de dirigentes dos maiores clubes do mundo e não há esse clima de guerra entre eles. Posso ser muita coisa na vida, mas burro não!
Frente a essa postura você sentaria numa mesa para discutir a abertura do Frasqueirão ao América?
Tenho certeza que a governadora Rosalba Ciarlini que já nos atendeu na questão da iluminação do estádio de Goianinha, também irá nos atender promovendo a ampliação do Nazarenão para deixar o estádio apto a receber jogos da série B. Seria uma vergonha para o RN, o América ser obrigado a mandar seus jogos na Paraíba por falta de estádios disponíveis aqui. Eu sendo dono do Fraqueirão não teria dúvida em alugar o estádio ao América, ele era quem iria pagar um craque para o meu time. Agora o América não pode mais abrir esse tipo de discussão, coube o ABC encerra-la e dizer que não alugaria o seu estádio, então a abertura de um novo processo de negociação tem de partir deles também. Eles têm que ter esse tipo de maturidade e demostrar isso para os seus torcedores, porque o América estará aberto as negociações. Eu já fiz alguma besteira em relação ao ABC, mas passou e amadureci com isso.
Montar uma grande diretoria, e que os novos diretores mesclados com os mais experientes consigam tornar o América um clube viável. Isso que dizer que iremos trabalhar para profissionalizar o clube em cada uma de suas áreas que terá a figura do presidente, do diretor, mas fundamentalmente daquele profissional que irá viver o América 24 horas.
Entre suas prioridades pessoais estarão o quê?
Participei de todas as grandes conquistas do América nos últimos anos, conquistei acessos, o título do Campeonato do Nordeste e estaduais. Mas pelo que me recordo, nosso clube, sem estar licenciado, nunca passou tanto tempo sem conquistar um Estadual. Há oito anos não sentimos esse gosto, que terá um sabor bem diferente neste meu início de administração como presidente. Vamos fazer passo a passo todos os nossos objetivos e o primeiro deles, como foi acordado com o treinador Flávio Araújo e com todos os atletas com os quais renovamos os contratos é a conquista do Estadual. Todos estão cientes disso.
Você renovou com Flávio Araújo que vai disputar o Estadual para ser campeão, em não sendo, como fica a situação? A mentalidade de trocar técnico no América acabou?
Veja bem, eu fui campeão estadual com Ferdinando e mantive o técnico, fomos com Adílson Batista, que ninguém queria por ser inexperiente na época, e não pudemos renovar o contrato. Eu não tenho tendencia de mudar treinador. Quando assumi interinamente a vaga de presidente com a ausência de Gustavo Carvalho, em 2006, eu trouxe Heriberto da Cunha, renovamos com ele e só mais tarde Gustavo o trocou por Estevam Soares porque naquele momento achavam que nós precisávamos de um treinador mais experientes. Eu gosto de algumas aposta e antes de tudo gosto de vencedores. Eu quero saber o que um técnico ou um atleta ganhou antes traze-lo para o América. Flávio ganhou dois acessos da C para B, segurou o Icasa na série B quando todos esperavam que a equipe seria uma das rebaixadas, é vitorioso.
Está sendo difícil controlar a ânsia de voltar a disputar a série B?
Nós temos de voltar as nossas atenções para as competições que serão disputadas primeiro. Eu mesmo, nessa entrevista, já estou falando bastante de série B. Temos de nos desfocar disso, foi assim que perdemos os Estaduais de 2006 e 2007. O time estava mais preocupado em disputar o Brasileiro, os jogadores evitavam dividir as bolas e quem fizer isso agora não ficará no grupo que irá disputar a série B. Estou logo avisando no ato das renovações contratuais que a conquista do título local é uma das prioridades de 2012. Quem não tem condição de ser campeão estadual ou pelo menos brigar em pé de igualdade com o ABC, também não tem condição de compor um elenco que irá disputar uma série B.
Há quem diga que você só irá assumir a presidência do América por que o clube voltou a série B. O que acha disso?
É justamente o contrário. O acordo que havia feito com a minha família era para só assumir a presidência do América caso ele não conseguisse subir para série B. Minha mãe e minha família sabem de quantas noites mal dormidas eu já passei por causa das coisas do América e me escreveram uma mensagem lembrando desses momentos. Inclusive já chorei muito lendo isso, pois sei o quanto todos sofrem me vendo sofrer. Eu combinei com elas, que só assumiria em caso de insucesso na série C, tinha dado minha palavra. Quando levei a questão para Hermano Moraes, o presidente do conselho José Rocha, Ricardo, Paulinho Freire e Cléber, meu vice-presidente, eles disseram que seria imprescindível minha presença como presidente agora. Fiquei mais aliviado por que quando nos dirigíamos para o local do jantar, minha mãe ligou e mandou que eu seguisse o meu coração.
Diante do relatório que você pegou para estudar a situação financeira do América. Como é que você vai pegar esse clube?
O América tem algumas perspectivas. Se você conseguir fazer 500 conselheiros, já terá em mãos R$ 1 milhão, se fizer dois mil sócios-torcedores acrescenta ai mais R$ 800 mil. Nós estamos acreditando na torcida, pois ela também vem dando sinais de que nunca confiou tanto no América. Toda vida eu achava os nossos torcedores meio desconfiados, ela está mais esperançosa de que os nossos acertos vão superar o número de erros, uma vez que eles não vão deixar de acontecer e é em cima disso que estamos apostando. Temos ainda a perspectiva da cota da série B, que vem dobrando e é paga pela televisão. Na terça-feira vou para o Rio de Janeiro participar de uma reunião na CBF para tratar da volta da disputa da Copa NE, mas também apostamos no sucesso de uma gestão.
Qual a importância de Hermano Moraes para o América?
Hermano Moraes foi de importância fundamental para o América, na hora que o nosso clube estava chegando numa espécie de encruzilhada, sem ninguém para assumir, ele topou o desafio e com sua força de trabalho contagiou a todos e o resultado foi esse que nós vimos. Então foi justamente naquela hora de indecisão que prometi a ele, que assumiria a presidência do clube após esse mandato tampão. Meu objetivo é de entregar ao meu sucessor, em janeiro de 2014, um América equacionado, além de uma base montada. Considero a falta de uma equipe base a pior coisa que existe no futebol e um dos pontos que endivida mais um clube. Teve um ano que pagamos R$ 32 mil a CBF apenas com as transferências de jogadores.
Aquela fase de contratar 73 jogadores numa temporada como em 2008 também acabou?
Naquele ano não havia outra alternativa, o time da série A de 2007 era de muito caro para realidade financeira do América, então nós tínhamos mesmo de contratar vários jogadores. A priore seriam 30, isso foi tudo muito rápido. Em termos de time, eu estou me sentindo um privilegiado neste ano, sabemos que o pessoal que ai está se valorizou muito com a conquista, mas ainda assim vai nos custar bem mais barato que se tivéssemos de ir ao mercado em busca de um novo grupo. O treinador conhece os atletas, a diretoria conhece o grupo, sabe do extra-campo de cada um e assim buscaremos diminuir a nossa margem de erro.
As dívidas elas existem?
Existem dívidas a quitar, mas que estão sob controle e não devem nos atrapalhar na tarefa de formação do elenco. Ainda não tenho um relatório preciso, o clube além das dívidas trabalhistas equacionadas com advogado Felipe Augusto, com quem firmamos acordo para pagar R$ 390 mil, divididos em parcelas de R$ 12 mil, tem pendências com Júlio Espinosa e Rodrigo Astudillo, mas podemos considerar o América um privilegiado neste ponto em relação aos demais clubes.
Por não existir oposição ao seu nome, você acredita que será mais fácil dirigir o América?
Eu acredito que sim, se você for uma pessoas responsável, que consiga aglutinar as pessoas, é melhor que não exista oposição. Mas a eleição é salutar, o problema seria a geração de uma oposição irresponsável, com picuinhas. Não conheço nenhuma pessoa dentro do conselho do América que seja contra o Alex. Eu nunca fiz posicionamento a favor de nenhum grupo, meu posicionamento é sempre favorável ao América.
Os dois últimos presidentes renunciaram por pressão e pelos problemas que o América estava enfrentando, você tem medo de passar pela mesma coisa?
Pressão eu não tenho medo algum, eu mesmo me coloco muita pressão. Comecei trabalhando vendendo picolés, montei um jornal, me tornei empresário, quebrei e me levantei de novo. Porém, devo confessar que sinto um medo de querer renunciar um dia, sinto medo mas não vou renunciar. Chegando o momento que a presidência esteja sendo ruim para minha saúde ou se surgir alguma campanha agressiva como fizeram no tempo de Gustavo de Carvalho eu posso tomar uma atitude radical. Gustavo teve uma postura muito digna de continuar exercendo o cargo frente a tanta ingratidão por parte da torcida. Eu não sei se, no lugar dele, não teria reagido de outra forma.
Se você sentir que sua administração estiver fazendo mal ao América, isso pode ser motivo de renúncia?
Não tenha dúvida. Sabendo de uma coisa dessa não teria coragem nem de me candidatar. Se alguém for capaz de apontar um mal que fiz ao clube o faça. Pelo contrário, as pessoas com as quais eu me desentendi para defender o América é que fizeram mal a mim. Sou muito direto em tudo, se tiver prejudicando saio.
Você encara a renúncia com um tipo de fraqueza?
Não. Encaro como opção. Roberto Bezerra é um dos caras mais inteligentes que conheço, um dos maiores vencedores e renunciou. Mas por trás de uma decisão dessa há outras coisas como a família que podem levar um presidente a tomar uma decisão extrema. José Maria, um cara duro, bom pai, empresário de sucesso é outro exemplo disso. Eu posso dizer que um homem desse é fraco? De modo algum. Existem situação que as vezes, por mais forte que as pessoas sejam, elas não conseguem administrar.
Você entrou em atrito com José Maria na época em que ele era o presidente?
Meu gênio é muito parecido com o de Zé Maria, não houve atrito, apenas opiniões divergentes em relação ao nome do treinador. Ele achava que o melhor para o América seria Ferdinando e eu era contra. Depois desse episódio não tivemos mais a chance de conversar, mas eu gosto muito dele.
Foi verdade que você impôs obstáculos para contratação de Ferdinando Teixeira?
Impus. O meu voto apenas, mas nenhuma outra condição. Na época disse apenas aos demais membros do futebol que não gostaria de trabalhar com ele. Eu disse várias coisas que me arrependi de dizer, fiz várias coisas das quais também me arrependi, acredito que Ferdinando deve ter feito o mesmo. Todas as pessoas que o conhecem o tratam como um cara sério, um homem de bem e eu não posso dizer o contrário. Mas ele errou comigo, quando se foi para o Fortaleza, disse que não iria levar ninguém do América e no outro dia chegou uma proposta do Fortaleza para Sandro Gaúcho. O grande desentendimento entre nós foi provocado por isso.
Qual Alex irá assumir o América, o empresário ou aquele jovem que vivia desafiando os adversários?
Um homem bem mais maduro, eu queria fazer uma gestão de dois anos sem citar em tom provocativo o nome do ABC. Não cabe mais isso no futebol por causa da violência, partindo provocações do dirigente é pior ainda. Acho que errei e não vou mais adotar aquele estilo brigador, se tiver de brigar vou faze-lo para o bem do meu time, não contra o outro. Na época fazia aquilo para combater Judas Tadeu, que tem todo o meu respeito e sentia a necessidade daquilo, com Rubens Guilherme é diferente, ele se trata de uma figura mais tranquila. As pessoas amadurecem na vida, levo meus filhos ao campo e vejo exemplos de dirigentes dos maiores clubes do mundo e não há esse clima de guerra entre eles. Posso ser muita coisa na vida, mas burro não!
Frente a essa postura você sentaria numa mesa para discutir a abertura do Frasqueirão ao América?
Tenho certeza que a governadora Rosalba Ciarlini que já nos atendeu na questão da iluminação do estádio de Goianinha, também irá nos atender promovendo a ampliação do Nazarenão para deixar o estádio apto a receber jogos da série B. Seria uma vergonha para o RN, o América ser obrigado a mandar seus jogos na Paraíba por falta de estádios disponíveis aqui. Eu sendo dono do Fraqueirão não teria dúvida em alugar o estádio ao América, ele era quem iria pagar um craque para o meu time. Agora o América não pode mais abrir esse tipo de discussão, coube o ABC encerra-la e dizer que não alugaria o seu estádio, então a abertura de um novo processo de negociação tem de partir deles também. Eles têm que ter esse tipo de maturidade e demostrar isso para os seus torcedores, porque o América estará aberto as negociações. Eu já fiz alguma besteira em relação ao ABC, mas passou e amadureci com isso.
13 comentários:
PQP...
Primeira entrevista com o FUTURO presidente e olha os temas que o entrevistador aborda: 1) Se o treinador não ganhar o campeonato estadual, estará demitido? 2)"Qual a importância de Hermano Morais para o América?". Hermano é importante como todos serão. Aqui no América não exite viúvas de ninguém. 3)Você poderá renunciar? 4)Atrito com o ex presidente José Maria 5)Trazendo à tona o assunto Ferdinando Teixeira
Esses caras com o "poder de caneta" nas mãos são capazes de tudo. o que foi perguntado nessa entrevista sobre a formação do plantel? Nada. Aliás, nada sobre o futebol. Só querendo "desenterrar defunto". É preciso ficar ligado com esses "formadores de opinião" que tentam fomentar crises e disseminar a desunião que já trouxe tantos problemas ao América. Ratifico: Aqui não termos viúvas desse o daquele dirigente.
ADAIL PIRES
valeu meu presidente, tem todo meu apoio;guerreiro, vencedor e vai colocar o nosso america no lugar que ele merece de destaque no futebol brasileiro.
Olá, Sérgio.
Confiamos no futuro presidente: Alex Padang. Desejamos tudo de bom e que continue vitorioso no comando do Mecão. Parabéns Padang.
Eu estudei no Anísio Teixeira, fiz meu 2º grau lá nessa Escola Estadual e me lembro muitas vezes de vêr o Alex Padang indo deixar picolé lá no box da Maguari Kibom, que era dele. E depois sendo torcedor do América e em periodo de Carnatal ouvia falar em Alex Padang, o nome muito falado na cidade, mas não ligava o nome ao pessoa, só depois de ver algumas entrevista dele pelo América eu o reconheci daquele tempo indo deixar picolé na Escola. Então pra mim um cara desses é um cara mais do que Vitorioso, hoje é um Empresário, bem sucedido e começou de baixo para cima, assim como ele vai fazer com América novamente, da C para A. Respeito muito pessoas assim, que constrói, cresce, sobe com muito trabalho. Fico feliz por ser o nosso futuro presidente e torço e sei que será bem sucedido novamente com o América. Sou sócio torcedor e acredito no meu time e acredito no meu Presidente Alex. O bom de morar em Natal é isso, nós podemos vêr as histórias das pessoas e podemos avaliar quem é Bom e quem não o é. Parabéns Alex #PRACIMAALEX #PRACIMAMECÃO.
Adail, basta ver quem fez a entrevista. você ainda estranha isso? Já devia estar acostumado...
ESTE É O MEU PRESIDENTE QUE NÃO VAI RENUNCIAR JAMAIS E QUE DIFICILMENTE ERRA NOS SEUS ATOS.
QUE DEUS O ABENÇOE HOJE, AMANHÃ E SEMPRE.
Faltou falar do mais assunto mais importante: CONSTRUÇÃO DA NOSSA CASA, A ARENA DO DRAGÃO!!!
Realmente Alex está de parabéns. Apresentou maturidade para dirigir o clube. Só falta agora mais um sucesso diante de tantos já conquistados..... SUCESSO!!!
Boa entrevista.
Gostei das respostas e da sinceridade apresentada.
Estarei torcendo e cobrando também.
Sou Mecão e penso nesse clube 24 horas.
Não admito erros ou falsas verdades.
Vamos em frente.
Sugestões para uma entrevista imparcial e desprovida de capciosidade:
1) Presidente, como anda o projeto Arena do Dragão?
2) A campanha Sócio Dragão poderá ser incrementada?
3) Há algum projeto para a sede social?
Isso a título de sugestão. Mas, isso em se tratando de imparcialidade.
LUIZ AUGUSTO FEITOSA
Jornalista
presidente vamos botar os pés no chão. todos nos sabemos o grande americano ue voce é, mas nessa hora voce deveria agir como empresário e usar a sutileza. vamos usar o estádio delas nesses tres anos. eu garanto que no primeiro sacode que eles levarem a crise se instala por lá. e confesso que ainda quero ter o prazer de ve-los ecurralados em seu próprio chiqueiro.
PADANG, CONFIAMOS EM VOCE!!!!!!!!!!!!!
ARENA DO DRAGÃO JÁ!!!!!!!!!!!
O NAZARENÃO É NOSSA CASA, NÃO EXISTE DISTÂNCIA PRÁ TÓRCIDA DO MECÃO, JÁ PROVAMOS ISSO.
LANÇA ESSE SÓCIO TÓRCEDOR COMO PRESENTE DE NATAL E VAMOS A LUTA SEREMOS CAMPEÕS EM 2012.
LEDA
Excelente matéria!!!
Padang apresentou-se como um dirigente de futebol maduro e íntegro, capacitado a assumir a presidência do América.
A torcida está envolvida, e certamente merece um time coeso e forte para o estadual 2012...o título está atrasado demais!!!
Trabalhar forte, apresentar resultados e conquistar objetivo é o esperado...ou seja, o estadual!!
Assim, teremos mais força para entrar os fortes e destemidos na série B 2012.
RAÇA, SANGUE, FIBRA E MORAL!!!
FORÇA MECÃO!!!
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