HERMANO MORAIS: Eu sou um otimista por natureza. As situações adversas existem para serem superadas. O América, assim como outras equipes, já passou por essa situação, que são cíclicas. Nós elegemos metas e esperamos que elas sejam alcançadas. Estamos lutando por isso.
JH: Você citou as metas e elas foram bastante debatidas antes de você assumir. Sócio Dragão, Arena do Dragão. Como estão esses projetos?
HM: Nós estamos tocando os projetos. O Sócio Dragão já começou e deve melhorar com a chegada do Campeonato Brasileiro. A loja do Sócio Dragão vai ser inaugurada dia 14 no aniversário do América. Um espaço moderno e que vai atender o torcedor com conforto. A Arena do Dragão se torna a cada dia mais real. Estamos em uma negociação que tem avançado nos últimos dias em relação à transformação patrimonial. A possibilidade de viabilizarmos a Arena do Dragão é enorme. O empresário Paulo de Paula já oficializou sua intenção e aguardamos agora uma proposta detalhada. É uma possibilidade que a cada dia está mais exeqüível.
JH: Já ouvi que alguns dirigentes defendem que se o Governo construir um estádio na Zona Norte, o América não deveria construir o seu próprio estádio, já que poderia utilizar essa estrutura. Qual o seu entendimento?
HM? Entendo que o América tenha que ter seu próprio estádio. Aliás, já deveria ter. Nós perdemos uma grande oportunidade quando negociamos o centro de treinamento de General Everardo. Naquela época optou-se pela construção do centro de treinamento em Parnamirim. Foi um erro estratégico e agora temos que corrigir. O Governo do Estado mudou o destino do Juvenal Lamartine e agora anuncia a possibilidade de construção de um estádio na Zona Norte. O que queremos saber é a localização, para que não haja uma superposição. Nós já procuramos melhores informações para evitar o que seria um contra-senso: construir dois estádios próximos. O nosso, a possibilidade é que seja construído no limite entre Natal e Extremoz.
JH: Sanear as dívidas, fomentar o sócio torcedor, até a Arena do Dragão. Para que essas ações funcionem é básico que uma estrutura funcione bem: o futebol. Hoje o América vive um mau momento e isso deve interferir nessas ações e no apoio do torcedor. Como você pensa, hoje, o futebol do América?
HM: Eu vejo uma necessidade enorme de remodelar e inovar o futebol profissional do América. Eu defendo a tese do investimento nas divisões de base, que seria investir no projeto Fábrica de Craques e focar em novos talentos. Nós já tivemos grandes times com esse modelo. Agora nós contratamos um time inteiro, e queremos evitar isso. Quando nós chegamos à frente do América o trabalho já havia sido iniciado. Foi dado um crédito de confiança a um profissional que já foi bem sucedido no América. Pagamos em dia os jogadores e servidores, fizemos uma pré temporada, fizemos os jogos treinos e os resultados não vieram de forma satisfatória. E aí, naturalmente, chega a cobrança da torcida, além da nossa preocupação. O América não tem o direito de errar mais. Estamos à véspera de uma competição e chegamos à conclusão de que era hora de fazer essa modificação. Aproveitando essa experiência e o bom rendimento de Flávio Araújo, que conhece bem os nossos adversários e já teve boas passagens por Séries C e B com o Icasa, recentemente esteve até no Fortaleza, fizemos então essa mudança desejando que o América comece bem a competição. O objetivo é claro e bem definido. Para ter sucesso no todo, é necessário que o futebol funcione.
JH: O início do trabalho decepcionou?
HM: Nós esperávamos que as coisas estivessem fluindo melhor. Mas os resultados não chegaram e o momento de tomar uma decisão era inevitável. Contamos com a compreensão de Francisco Diá, a quem agradecemos pelo esforço e boa vontade. Se não bastassem todos os problemas, ainda temos que equacionar a questão do espaço onde o América irá jogar. Estamos jogando em Goianinha e isso vai exigir do torcedor um esforço maior. Além dos torcedores de Natal esperamos que o torcedor da região agreste compareça.
JH: Eduardo Rocha citou ontem que parte da torcida do América reclama muito e comparece pouco. Você compartilha dessa opinião?
HM: Eu entendo a situação do torcedor americano, que vem de resultados adversos e insucessos, além do fato do América não estar em uma situação tão alvissareira. Mas isso é uma fase. É necessário que o torcedor acredite e faça sua parte. Não basta apenas ficar cobrando a diretoria para ter uma equipe de qualidade, porque o esforço está sendo feito, nós estamos fazendo a nossa parte. Isso porque nós temos problemas sérios de receitas. Nós temos despesas fixas e dívidas vencidas que precisamos equacionar. A receita é ínfima e temos que compensar isso com a participação do torcedor. Seja no Sócio Dragão ou com a presença no estádio.
JH: Mesmo com esses problemas, está confiante para a Série C?
HM: Eu acredito muito. Sou torcedor de arquibancada desde criança. Estou muito confiante. A torcida é assim. Cobra resultados. As vezes reclama com razão, outras vezes nem tanto. Uma torcida presente é assim e acredito que não vai nos faltar, que vai nos apoiar e dar o suporte necessário para que possamos representar bem a comunidade esportiva do Rio Grande do Norte e retornarmos o mais breve possível à Série B.
1 comentários:
andre vermelho diz...
presidente cuidado com paulo de paula, o homem é esperto,escolha um bom local, na moema tinoco seria otimo, mas na estrada de pitangui não, veja o exemplo do chiqueirão é em ponta negra e tem gente que acha ruim,imagine na estrada de pitangui que nem ônibus tem,tem que ser na cidade, MECÃO NUNCA TE ABANDONAREI.
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