O presidente Clóvis Emídio concedeu entrevista ao repórter Chico Inácio e falou sobre o fato da direção do Abc ter entrado hoje na FNF com um pedido de veto ao árbitro Ítalo Medeiros e sobre as declarações do dirigente Flávio Anselmo dadas à Rádio Globo de que o árbitro do clássico era o da preferência do América.
“Na verdade, eu não ouvi e não posso comentar a respeito do teor das declarações do dirigente do Abc, mas se isso ocorreu nos causa estranheza. Primeiro, porque nós tivemos nos estúdios da Rádio Globo gravando um programa na companhia do presidente do Abc e ouvi dele que não havia nenhuma restrição a nenhum árbitro do quadro da federação. Segundo, através de algumas pessoas que ouviram a entrevista, eu soube que o diretor Flávio Anselmo havia dito que Ítalo Medeiros era o juiz da preferência do América. Ele procure falar em nome do Abc. Em nome do América falamos nós. Ele não tem autonomia e nem procuração para falar em nome do América. É bom que ele cuide das coisas do Abc, que a gente cuida das nossas”.
O dirigente americano aproveitou para esclarecer a questão envolvendo Suelson Diógenes de França e voltou a afirmar que não houve veto, apesar da péssima atuação do árbitro no jogo contra o Baraúnas.
“O América não vetou ninguém e tinha todos os motivos para vetar Suelson Diógenes, por conta do desastre que foi a arbitragem dele em Mossoró na primeira partida. Nem assim nós vetamos. Registramos o protesto para deixar claro para a opinião pública e a quem interessar possa que o América não está dormindo de touca. O América não vai perder o campeonato nos bastidores”.
O presidente criticou ainda a postura do adversário em vetar Ítalo Medeiros praticamente na véspera da partida, por achar que o único objetivo é tumultuar o ambiente.
“Isso é uma atitude ultrapassada. É muito arcaica essa atitude de querer criar uma situação as vésperas de um jogo, quando qualquer leigo sabe que um veto de árbitro tem que ser processado 72 horas antes do espetáculo. Se entraram com essa representação, a única intenção é tumultuar o ambiente”, protestou.
Clóvis Emídio lembrou o início do América nesta temporada, quando poucos acreditavam e voltou a afirmar que vai continuar intervindo em defesa dos interesses do América sempre que for necessário.
“O América entrou na temporada de 2011 desacreditado, porque não foi campeão brasileiro e porque desceu para a série C. A gente tem trabalhado com o equilíbrio e a parcimônia necessária, reconhecendo as nossas limitações, mas atentos para a necessidade, quando ela existir, de intervir em defesa dos interesses do América”.