O presidente Clóvis Emídio concedeu entrevista ao Novo Jornal, edição deste domingo, e falou de diversos assuntos. Selecionei alguns trechos para os leitores deste blog. Confira:

A PRESIDÊNCIA
O amor extremo que eu tenho por esse clube. É um amor de 40 anos e a gente não esquece assim tão fácil. Inclusive, quando o José Maria externou essa ideia de sair, eu falei para ele que era ele saindo e eu indo junto com ele. Pois nós fomos eleitos juntos e se ele renunciasse eu saia também, porque eu aceitei o mandato como vice e não como presidente. Mas, depois, quando ele consolidou a intenção de largar, bateu mais forte esse sentimento pelo América e principalmente pelo momento do time, que estava em uma situação complicada e bastante delicada na Série B.

CUMPRIR O MANDATO
Eu me coloquei de frente ao conselho falando que iria cumprir o mandato e vou cumprir com a maior entrega possível. Eu acredito que eu posso deixar o América em uma situação muito boa para o meu futuro sucessor.

SER PRESIDENTE
É um sentimento de consciência de responsabilidade. Pois o América é muito grande. Nós não podemos deixar o América na situação em que ele está. A quantidade de contatos de telefone e mensagens que recebemos é impressionante. A gente é alvo da curiosidade de muitas pessoas, de clubes, de torcedores. A sensação que me consumiu quando me tornei presidente é de uma extrema responsabilidade.

A CULPA É DA GESTÃO
É com muito pesar que chegamos a essa situação. Quando a gente assumiu eu comentei com José Maria, os dirigentes e o pessoal do conselho; "O América é muito grande e não pode, jamais chegar no final do ano lutando para não cair, isso é um absurdo". E a culpa é toda da gestão.

A QUEDA
Nós "ensaiamos" isso por três anos até conseguir. Nós escapamos em 2008 e 2009 nos últimos jogos e em 2010 decidimos a nossa sorte no último jogo e acabamos sendo rebaixados para o Campeonato Brasileiro da Série C.

VONTADE DE TRABALHAR
Parece que quanto mais o América fica em uma situação complicada, mais eu tenho vontade de trabalhar. Nós fomos rebaixados no sábado, na segunda de manhã eu cheguei aqui e falei para a secretária do clube: "Vamos arregaçar as mangas e começar a trabalhar para tirar o América dessa situação".

FAMÍLIA
De início a gente sofreu muito, tanto por parte da esposa quanto dos filhos, que reclamavam muito da falta de tempo para eles. Embora todos sejam americanos, eles reclamavam muito. Porém, depois que viram como presidente e nesse turbilhão que estava na final da Série B, com o time brigando para não cair e eu fazendo de tudo para que o time não caísse, eles se voltaram para o meu lado e começaram a me dar total apoio. Hoje eu tenho em casa uma mulher e quatro filhos defensores totais do América e que me dão muito apoio por eu estar aqui.