Reproduzo aqui na íntegra a entrevista que o vice-presidente Clóvis Emídio concedeu ao jornalista Fernando Amaral, via rádio 95FM, que foi publicada no blog Fernando Amaral FC. Vale a pena conferir:
Pena a 95FM ter ficado fora do ar por problemas técnicos, Clóvis Emídio, vice-presidente do América teria sido uma entrevista imperdível...
Entretanto, a conversa no estúdio pode ser repassada ao leitor.
Antes, porém, preciso agradecer a gentileza de Clóvis: chegou na hora marcada, sentou-se conosco e educadamente esperou...
Clóvis não demonstrou impaciência, não olhou para o relógio, não perguntou se iria demorar e sem afetação, aproveitou para resolver alguns problemas ligados à distribuição às emissoras de ingressos a serem sorteados entre os ouvintes.
Ao encerrar os telefonemas, pediu desculpas, contou que haviam roubado seu celular em Fortaleza, lamentou a perda da agenda e rindo disse: “deixei o celular no balcão, me virei para pegar alguma coisa e quando me voltei, não vi mais o celular”...
Depois de algumas amenidades, a veia jornalística se sobrepôs e a conversa descambou para uma “entrevista” informal, mas bastante proveitosa.
Vou procurar ser sucinto, isto é, descrever o papo por assunto, sem transcrever as perguntas e as respostas no seu todo.
Sobre ser dirigente...
“Estou no futebol por paixão, o América faz parte da minha história... tudo começou na infância, se solidificou na juventude e hoje, sinto um enorme prazer de poder me dedicar ao meu clube, mesmo que vez por outra, sofra com as incompreensões e com as criticas maldosas”.
Sobre as criticas vindas da imprensa...
“Não sou daqueles que me aborreço facilmente... claro que me sinto triste ao ler e ouvir palavras duras, mas faz parte do jogo e, se perceber qualquer maldade ou injustiça por trás de uma nota ou comentário, rebato com a veemência necessária”.
Sobre a politica interna no América...
“O América, como qualquer instituição ou grupo, tem correntes que hora divergem e hora convergem... isso é comum e saudável, mesmo que cause aqui ou ali, rusgas e ressentimentos”.
“Mas, prego e luto pela união, não faço jogo duplo e o que tenho para dizer, digo na cara, sem nenhum receio”.
Sobre as criticas a administração do presidente José Maria Figueiredo e os grupos que pedem sua renuncia...
“Não sou contra quem critica abertamente, sou contra quem o faz pelos cantos... Zé é um sujeito do bem, mas tem um temperamento explosivo, difícil e é preciso estar muito próximo para entender suas reações”.
“Mas, Zé, é um homem honesto, sofre como todos nós diante da situação que enfrentamos e, tem buscado soluções”.
“José Maria não é homem de renunciar, é homem de lutar”!
Sobre Alex Padang...
“Sinto falta do espirito de Alex”...
“Alex por seus muitos afazeres, não participava continuamente das nossas reuniões, mas diuturnamente, mantinha-se ligado conosco”...
“Sempre cheio de ideias e sempre procurando levantar o astral de todos”...
Sobre as divergências entre Zé Maria e Alex Padang...
“Esse é um assunto interno do clube, prefiro não comentar”.
Sobre dirigentes que se aproveitam dos clubes para beneficio próprio...
“Respondo por mim... o dia em que precisar de mil reais do América vou embora”...
“Não estou no América em busca de dinheiro ou projeção pessoal: como disse antes, estou no América por paixão, por amor... pode parecer antiquado, mas é por isso que estou lá”.
Sobre os custos com jogadores e comissão técnica...
“A folha do América hoje, gira em torno de uns 340 a 350 mil reais ao mês... o mais caro é a comissão técnica, cujo valor está em torno de 50 mil o pacote (treinador e seus auxiliares diretos)”.
“Enxugamos bastante a folha, Asprilla custava 23 mil reais, Rony e Magrão, 17 cada um... convenhamos que não era possível arcar com esses custos e em troca, ter uma produção tão baixa”.
Sobre as recentes contratações...
“Tem um jogador que está me impressionando muito bem... é o Juca”!
“Ele será uma grata surpresa para todos”.
Sobre a entrevista concedida por Severinho (treinador do sub-20 americano) a Rádio Globo no último fim de semana...
“Severinho deu sua opinião, o América respeita isso... e depois, ele foi respeitoso para com a direção e não disse nada demais”.
Sobre os interessados em assumir as categorias de base do clube...
“Quem demonstra interesse, é o Gilberto de Nadai e o Souza, mas vejam bem: eu não sou contra empresário, aliás, quero muitos próximos do América... a única exigência que faço é que tudo seja transparente, limpo e claro”...
“O América não perde um centavo em qualquer negócio”...
“Antes que eu esqueça... a direção do América não aceita mais, nenhum jogador das bases com compromisso com agente ou procurador: por que vamos ficar alimentando os negócios alheios”?
Sobre a alienação da sede da Avenida Rodrigues Alves...
“Não sei de onde surgiu essa conversa sobre valores... não existe nada disso”!
“O que existe, são projetos e inúmeras opções que estão sendo criteriosamente estudadas pela direção”...
“A direção do América não vai embarcar numa aventura... só faremos negócio se o resultado for muito bom para o clube”...
Sobre a construção de um estádio...
“Como pensar em construir um estádio se nem sabemos ainda que projeto será aceito”?
“Mas posso lhe garantir que essa administração não pensa em estádio... o América precisa gerar recursos e não, arrumar mais um buraco para torrar dinheiro”...
“Existe sim, uma possibilidade junto a um grupo estrangeiro, mas esse é um assunto para ser discutido no futuro, pois envolve a modernização do Centro de Treinamento e aí sim, a construção de um estádio para cerca de 15 ou 20 mil pessoas”...
“No momento, a direção está focada em sanar definitivamente a falta de recursos”.
Sobre seu futuro...
“Não penso em ser presidente do América, mas não rechaço a ideia... não acho que presidir meu clube seja nenhum sacrifício, mas hoje, penso em entregar o América a uma futura gestão, sem nenhum problema administrativo, com ótimos projetos em andamento e no mínimo, na Série B”...
Foi isso...
Mas, antes de sair, fiz uma última pergunta: “Clóvis, o que nessa conversa é off e o que pode ser publicado”?
Resposta: “Tudo pode ser publicado, não pedi reservas e não disse nada que quem não me conheça, já não saiba”...
Cumprimentamo-nos e Clóvis Emídio foi cuidar de sua vida.
Estavam presentes ao bate papo, Fernando Amaral, Ítalo Anderson, Sérgio Bessa e Carlão, locutor do horário e o cara que tem paciência com a gente toda segunda feira.
Pena a 95FM ter ficado fora do ar por problemas técnicos, Clóvis Emídio, vice-presidente do América teria sido uma entrevista imperdível...
Entretanto, a conversa no estúdio pode ser repassada ao leitor.
Antes, porém, preciso agradecer a gentileza de Clóvis: chegou na hora marcada, sentou-se conosco e educadamente esperou...
Clóvis não demonstrou impaciência, não olhou para o relógio, não perguntou se iria demorar e sem afetação, aproveitou para resolver alguns problemas ligados à distribuição às emissoras de ingressos a serem sorteados entre os ouvintes.
Ao encerrar os telefonemas, pediu desculpas, contou que haviam roubado seu celular em Fortaleza, lamentou a perda da agenda e rindo disse: “deixei o celular no balcão, me virei para pegar alguma coisa e quando me voltei, não vi mais o celular”...
Depois de algumas amenidades, a veia jornalística se sobrepôs e a conversa descambou para uma “entrevista” informal, mas bastante proveitosa.
Vou procurar ser sucinto, isto é, descrever o papo por assunto, sem transcrever as perguntas e as respostas no seu todo.
Sobre ser dirigente...
“Estou no futebol por paixão, o América faz parte da minha história... tudo começou na infância, se solidificou na juventude e hoje, sinto um enorme prazer de poder me dedicar ao meu clube, mesmo que vez por outra, sofra com as incompreensões e com as criticas maldosas”.
Sobre as criticas vindas da imprensa...
“Não sou daqueles que me aborreço facilmente... claro que me sinto triste ao ler e ouvir palavras duras, mas faz parte do jogo e, se perceber qualquer maldade ou injustiça por trás de uma nota ou comentário, rebato com a veemência necessária”.
Sobre a politica interna no América...
“O América, como qualquer instituição ou grupo, tem correntes que hora divergem e hora convergem... isso é comum e saudável, mesmo que cause aqui ou ali, rusgas e ressentimentos”.
“Mas, prego e luto pela união, não faço jogo duplo e o que tenho para dizer, digo na cara, sem nenhum receio”.
Sobre as criticas a administração do presidente José Maria Figueiredo e os grupos que pedem sua renuncia...
“Não sou contra quem critica abertamente, sou contra quem o faz pelos cantos... Zé é um sujeito do bem, mas tem um temperamento explosivo, difícil e é preciso estar muito próximo para entender suas reações”.
“Mas, Zé, é um homem honesto, sofre como todos nós diante da situação que enfrentamos e, tem buscado soluções”.
“José Maria não é homem de renunciar, é homem de lutar”!
Sobre Alex Padang...
“Sinto falta do espirito de Alex”...
“Alex por seus muitos afazeres, não participava continuamente das nossas reuniões, mas diuturnamente, mantinha-se ligado conosco”...
“Sempre cheio de ideias e sempre procurando levantar o astral de todos”...
Sobre as divergências entre Zé Maria e Alex Padang...
“Esse é um assunto interno do clube, prefiro não comentar”.
Sobre dirigentes que se aproveitam dos clubes para beneficio próprio...
“Respondo por mim... o dia em que precisar de mil reais do América vou embora”...
“Não estou no América em busca de dinheiro ou projeção pessoal: como disse antes, estou no América por paixão, por amor... pode parecer antiquado, mas é por isso que estou lá”.
Sobre os custos com jogadores e comissão técnica...
“A folha do América hoje, gira em torno de uns 340 a 350 mil reais ao mês... o mais caro é a comissão técnica, cujo valor está em torno de 50 mil o pacote (treinador e seus auxiliares diretos)”.
“Enxugamos bastante a folha, Asprilla custava 23 mil reais, Rony e Magrão, 17 cada um... convenhamos que não era possível arcar com esses custos e em troca, ter uma produção tão baixa”.
Sobre as recentes contratações...
“Tem um jogador que está me impressionando muito bem... é o Juca”!
“Ele será uma grata surpresa para todos”.
Sobre a entrevista concedida por Severinho (treinador do sub-20 americano) a Rádio Globo no último fim de semana...
“Severinho deu sua opinião, o América respeita isso... e depois, ele foi respeitoso para com a direção e não disse nada demais”.
Sobre os interessados em assumir as categorias de base do clube...
“Quem demonstra interesse, é o Gilberto de Nadai e o Souza, mas vejam bem: eu não sou contra empresário, aliás, quero muitos próximos do América... a única exigência que faço é que tudo seja transparente, limpo e claro”...
“O América não perde um centavo em qualquer negócio”...
“Antes que eu esqueça... a direção do América não aceita mais, nenhum jogador das bases com compromisso com agente ou procurador: por que vamos ficar alimentando os negócios alheios”?
Sobre a alienação da sede da Avenida Rodrigues Alves...
“Não sei de onde surgiu essa conversa sobre valores... não existe nada disso”!
“O que existe, são projetos e inúmeras opções que estão sendo criteriosamente estudadas pela direção”...
“A direção do América não vai embarcar numa aventura... só faremos negócio se o resultado for muito bom para o clube”...
Sobre a construção de um estádio...
“Como pensar em construir um estádio se nem sabemos ainda que projeto será aceito”?
“Mas posso lhe garantir que essa administração não pensa em estádio... o América precisa gerar recursos e não, arrumar mais um buraco para torrar dinheiro”...
“Existe sim, uma possibilidade junto a um grupo estrangeiro, mas esse é um assunto para ser discutido no futuro, pois envolve a modernização do Centro de Treinamento e aí sim, a construção de um estádio para cerca de 15 ou 20 mil pessoas”...
“No momento, a direção está focada em sanar definitivamente a falta de recursos”.
Sobre seu futuro...
“Não penso em ser presidente do América, mas não rechaço a ideia... não acho que presidir meu clube seja nenhum sacrifício, mas hoje, penso em entregar o América a uma futura gestão, sem nenhum problema administrativo, com ótimos projetos em andamento e no mínimo, na Série B”...
Foi isso...
Mas, antes de sair, fiz uma última pergunta: “Clóvis, o que nessa conversa é off e o que pode ser publicado”?
Resposta: “Tudo pode ser publicado, não pedi reservas e não disse nada que quem não me conheça, já não saiba”...
Cumprimentamo-nos e Clóvis Emídio foi cuidar de sua vida.
Estavam presentes ao bate papo, Fernando Amaral, Ítalo Anderson, Sérgio Bessa e Carlão, locutor do horário e o cara que tem paciência com a gente toda segunda feira.
2 comentários:
Não o conheço pessoalmente,mas pelo seu espírito abnegado ás coisas do América,merece meu respeito e minha admiração.
No entanto tem muitos pontos nessa entrevista que eu questiono.
Primeiro no tocante ao fato de alguém estar atuando como agente ou procurador junto aos atletas das categorias de base.Somente agora,é que perceberam isso?Somente depois de mais de uma década,alguém percebeu que o América não estava mais revelando nenhum atleta das bases no time principal?
Outro ponto,foi a "falta de recursos"!Sinceramente não entendí mesmo...
È lógico que alguns assuntos não podem se tornar públicos por mais respeito e polidez que um dirigente da categoria do Clóvis possa ter para com os interlocutores.Mas tem certas justificativas que são muito difíceis de engolir.
AVANTE MECÃO,E ARENA DO DRAGÃO,JÁÁÁÁÁ´!!!!!!!
Ficou em cima do muro o tempo todo.
Não assume a vice-presidência do clube.
Na verdade, ninguém tem coragem de assumir...
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