O Brasileiro das séries A, B, C e até D vai servir de teste para a Copa-2014. Não só dentro das quatro linhas mas principalmente nas medidas de segurança das arenas.
O governo, em parceria com as polícias estaduais, começa a aplicar neste ano, em todo o país, um procedimento padrão de segurança em preparação para a Copa.
O novo Estatuto do Torcedor, sancionado nesta semana pelo presidente Lula, foi elaborado também para dar um novo impulso às ações da polícia. Na prática, todos os crimes relacionados aos estádios agora estão tipificados e com penas mais rigorosas, o que dá uma "proteção legal" para as atividades policiais. Resta saber se sairá do papel.
A maior novidade é a previsão de banimento dos estádios, por até dois anos, de torcedores-problema, além de prisão para os reincidentes. A ideia é usar jogos deste ano como laboratório para a polícia testar a padronização de medidas de segurança.
Entre elas, o uso de cães, varredura dentro e fora dos estádios, monitoramento das torcidas, escolta das organizadas e até a interdição de áreas próximas da arena, restringindo o acesso exclusivamente ao público torcedor.
Atualmente, cada Estado faz a segurança à sua maneira, sem padronização -um dos requisitos da Fifa.
O Ministério da Justiça, em parceria com as secretarias de Segurança Pública dos Estados, mais o Distrito Federal, elaborou um manual com esses procedimentos, ao qual a Folha teve acesso.
Todo esse esforço independe da CBF ou do comitê organizador, já que a segurança será de responsabilidade do poder público.
Além disso, há o incentivo de promover a troca de experiências. O Ministério da Justiça pretende que a Polícia Militar de Brasília, por exemplo, tenha até 2014 o mesmo preparo que a do Rio, acostumada com grandes jogos.
"Salvador tem o maior Carnaval de rua do planeta, e muitas outras cidades têm jogos semanais com mais de 40 mil pessoas. Uma tarefa é levar essas experiências para outras cidades", disse Alexandre Aragon, secretário nacional substituto de Segurança Pública e membro da comissão que planeja a segurança da Copa-2014.
Os cenários mais preocupantes estão em Brasília, Cuiabá e Manaus, que raramente abrigam partidas com mais de 40 mil torcedores.
O treinamento dos policiais e a compra de novos equipamentos custarão R$ 1,6 bilhão até 2014. O governo ainda trabalha para fechar os números com os Estados e o pacote deverá ser lançado nos próximos meses.
Os testes no Brasileiro serão a base do planejamento.
Da Folha de São Paulo
O governo, em parceria com as polícias estaduais, começa a aplicar neste ano, em todo o país, um procedimento padrão de segurança em preparação para a Copa.
O novo Estatuto do Torcedor, sancionado nesta semana pelo presidente Lula, foi elaborado também para dar um novo impulso às ações da polícia. Na prática, todos os crimes relacionados aos estádios agora estão tipificados e com penas mais rigorosas, o que dá uma "proteção legal" para as atividades policiais. Resta saber se sairá do papel.
A maior novidade é a previsão de banimento dos estádios, por até dois anos, de torcedores-problema, além de prisão para os reincidentes. A ideia é usar jogos deste ano como laboratório para a polícia testar a padronização de medidas de segurança.
Entre elas, o uso de cães, varredura dentro e fora dos estádios, monitoramento das torcidas, escolta das organizadas e até a interdição de áreas próximas da arena, restringindo o acesso exclusivamente ao público torcedor.
Atualmente, cada Estado faz a segurança à sua maneira, sem padronização -um dos requisitos da Fifa.
O Ministério da Justiça, em parceria com as secretarias de Segurança Pública dos Estados, mais o Distrito Federal, elaborou um manual com esses procedimentos, ao qual a Folha teve acesso.
Todo esse esforço independe da CBF ou do comitê organizador, já que a segurança será de responsabilidade do poder público.
Além disso, há o incentivo de promover a troca de experiências. O Ministério da Justiça pretende que a Polícia Militar de Brasília, por exemplo, tenha até 2014 o mesmo preparo que a do Rio, acostumada com grandes jogos.
"Salvador tem o maior Carnaval de rua do planeta, e muitas outras cidades têm jogos semanais com mais de 40 mil pessoas. Uma tarefa é levar essas experiências para outras cidades", disse Alexandre Aragon, secretário nacional substituto de Segurança Pública e membro da comissão que planeja a segurança da Copa-2014.
Os cenários mais preocupantes estão em Brasília, Cuiabá e Manaus, que raramente abrigam partidas com mais de 40 mil torcedores.
O treinamento dos policiais e a compra de novos equipamentos custarão R$ 1,6 bilhão até 2014. O governo ainda trabalha para fechar os números com os Estados e o pacote deverá ser lançado nos próximos meses.
Os testes no Brasileiro serão a base do planejamento.
Da Folha de São Paulo
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