A confusão envolvendo o contrato de Adriano Magrão com o Gama parece não ter fim. Desde junho de 2008, quando o jogador se desentendeu com o então técnico alviverde, Roberto Cavalo, e abandonou a equipe antes do duelo com a Ponte Preta, o clube e o atacante não chegam a um acordo. Na tarde desta quarta-feira, os desembargadores da Justiça do Trabalho em Brasília decidirão se o atleta continua a jogar no América-RN – clube com quem tem contrato desde janeiro deste ano – ou se terá de retornar ao Gama. O julgamento será às 14h, no Tribunal Regional do Trabalho.
No fim do ano passado, Adriano Magrão entrou com um processo na Justiça do Trabalho pedindo a antecipação de tutela (virar dono do próprio passe antes do julgamento do caso, agendado para o dia 07/06/2010), alegando estar com quatro meses de salário atrasado, além da falta de recolhimento de 17 meses de seu FGTS. Na época, o juiz Denilson Coelho deu ganho de causa ao jogador e liberou o atleta para assinar com qualquer outro clube.
No entanto, o Gama não achou justa a decisão do magistrado e entrou com um mandado de segurança que pedia a anulação do passe livre concedido ao atacante. O aliviverde argumentava que Adriano Magrão estaria utilizando a Justiça para fugir da multa rescisória com o clube, no valor de R$ 1 milhão. Porém, os desembargadores não aceitaram a justificativa do clube e mantiveram a decisão do juiz.
Hoje, o pedido do Gama volta a ser analisado no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. Os desembargadores decidem se o jogador continua com o passe livre ou não.
Como a audiência inicial do pedido do passe livre de Adriano Magrão, prevista para segunda-feira, não ocorreu por conta da ausência do atleta, que alegou estar contundido, um novo encontro entre as partes foi marcado para o dia 12 de julho deste ano. De acordo com o processo, se o jogador não justificar a ausência na segunda-feira, o juiz dará ganho de causa ao Gama.