A Copa Nordeste
Quem nunca temeu alguma coisa na vida, que trate de gritar fino.
Se a Xuxa e o Fofão soubessem as noites em claro que me fizeram passar, ambos acrescentariam meu nome em suas orações. O medo é o inimigo número um do sucesso.E o sucesso pode ser a causa principal do pavor alheio.
Se o colega de função passa a produzir mais e se destacar, o sujeito treme na base e em vez de tentar aprender com aquilo. O medo tem uma vizinha de porta: a covardia, que por sua vez é prima da inveja…
O Campeonato do Nordeste foi riscado do calendário do futebol nacional sob a vazia justificativa da falta de datas para organizar a competição, que a cada ano se fortalecia e desviava a vista do torcedor do Campeonato Brasileiro. O que era bonitinho aos olhos da CBF desceu do pedestal do folclore e se transformou num belzebu de sete cabeças com um chifre na testa. Passou a assustar a gestora de nosso segregado futebol, que temia a desvalorização das Séries A e B com o crescimento atroz do Nordestão, que em 2001 chegou a ter a maior média de público do Brasil. Do sucesso do campeonato só brotou a inveja e não referências, lições – provas da necessidade de pluralização de nosso futebol, ainda se comportando como ludopédio.
Saturados de tomar pancadas nos nacionais, os clubes saíram da bacia das almas e passaram a enxergar a Copa Nordeste como o eldorado, uma fonte de receita, uma possibilidade real de protagonismo. Zezinhos, Nonatos, Robgols, Kukis, Mazinhos surgiram e o futebol da região se redescobriu como auto-sustentável. E a CBF arregalou os ”zóios”. Em 2003, com a instituição do sistema de pontos corridos na primeira e segunda divisão, a Copa Nordeste ficou sem datas e sem vida.
O futebol nordestino, que chegou a ter média de três participantes na Série A à época da CN, mergulhou no ostracismo e passou, tão somente, a viver de tentar se manter na Série A, quando nela se encontrara.
A CBF corre do debate, não escuta os argumentos.
É o medo como causa de surdez.
Sem força política, com o rabo preso à interesses e em alguns casos por subserviência à CBF, os clubes colocaram a cabeça entre as pernas e não compraram a briga.
Sete anos depois, talvez cansados de tomar porradas e com os bolsos cada vez mais vazios, o movimento em prol da volta da competição cresce. Alvirruvros, rubro-negros, tricolores, alviverdes, alvinegros, todos juntos pela vida sobrevida da rivalidade, todos num só coro pelo retorno do Nordestão.
Um grito que ressoa em toda parte, uma ideia em comum.
A Liga de Clubes do Nordeste lançou um edital convocando uma reunião para o dia 14/01, em Natal.
Lugar melhor impossível. Na terra do nascimento, o Nordestão pode fecundar o seu renascimento.
A competição seria realizada nas datas da Copa Sul-Americana se não houver um entendimento para antes do nacional.
Seja quando for, até mesmo aos domingos depois do Fantástico, o Nordestão pega!
Pega porque é forte como um cajueiro.
Cabem aos nossos dirigentes um pouquinho de discernimento, vontade e habilidade política.
Tremam! O Nordestão vem aí.
Se a Xuxa e o Fofão soubessem as noites em claro que me fizeram passar, ambos acrescentariam meu nome em suas orações. O medo é o inimigo número um do sucesso.E o sucesso pode ser a causa principal do pavor alheio.
Se o colega de função passa a produzir mais e se destacar, o sujeito treme na base e em vez de tentar aprender com aquilo. O medo tem uma vizinha de porta: a covardia, que por sua vez é prima da inveja…
O Campeonato do Nordeste foi riscado do calendário do futebol nacional sob a vazia justificativa da falta de datas para organizar a competição, que a cada ano se fortalecia e desviava a vista do torcedor do Campeonato Brasileiro. O que era bonitinho aos olhos da CBF desceu do pedestal do folclore e se transformou num belzebu de sete cabeças com um chifre na testa. Passou a assustar a gestora de nosso segregado futebol, que temia a desvalorização das Séries A e B com o crescimento atroz do Nordestão, que em 2001 chegou a ter a maior média de público do Brasil. Do sucesso do campeonato só brotou a inveja e não referências, lições – provas da necessidade de pluralização de nosso futebol, ainda se comportando como ludopédio.
Saturados de tomar pancadas nos nacionais, os clubes saíram da bacia das almas e passaram a enxergar a Copa Nordeste como o eldorado, uma fonte de receita, uma possibilidade real de protagonismo. Zezinhos, Nonatos, Robgols, Kukis, Mazinhos surgiram e o futebol da região se redescobriu como auto-sustentável. E a CBF arregalou os ”zóios”. Em 2003, com a instituição do sistema de pontos corridos na primeira e segunda divisão, a Copa Nordeste ficou sem datas e sem vida.
O futebol nordestino, que chegou a ter média de três participantes na Série A à época da CN, mergulhou no ostracismo e passou, tão somente, a viver de tentar se manter na Série A, quando nela se encontrara.
A CBF corre do debate, não escuta os argumentos.
É o medo como causa de surdez.
Sem força política, com o rabo preso à interesses e em alguns casos por subserviência à CBF, os clubes colocaram a cabeça entre as pernas e não compraram a briga.
Sete anos depois, talvez cansados de tomar porradas e com os bolsos cada vez mais vazios, o movimento em prol da volta da competição cresce. Alvirruvros, rubro-negros, tricolores, alviverdes, alvinegros, todos juntos pela vida sobrevida da rivalidade, todos num só coro pelo retorno do Nordestão.
Um grito que ressoa em toda parte, uma ideia em comum.
A Liga de Clubes do Nordeste lançou um edital convocando uma reunião para o dia 14/01, em Natal.
Lugar melhor impossível. Na terra do nascimento, o Nordestão pode fecundar o seu renascimento.
A competição seria realizada nas datas da Copa Sul-Americana se não houver um entendimento para antes do nacional.
Seja quando for, até mesmo aos domingos depois do Fantástico, o Nordestão pega!
Pega porque é forte como um cajueiro.
Cabem aos nossos dirigentes um pouquinho de discernimento, vontade e habilidade política.
Tremam! O Nordestão vem aí.
Texto de Tiago Medeiros, editor-produtor da TV Globo-Nordeste.
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