O rompimento da CBF com a FBA (Futebol Brasil Associados), que geria a Série B do Brasileiro, fez o Clube dos 13 articular movimento para abraçar as equipes que estavam ligadas comercialmente à entidade presidida por José Neves.O presidente do C13 (associação que conta com os 20 times), Fábio Koff, já conversa com dirigentes de equipes de sua entidade e de fora. Se o projeto vingar, a ideia é que o C13 se transforme até em C40. Mas os novos filiados teriam peso menor.O Corinthians, que disputou a Série B, e o Vasco, que a jogará neste ano, apoiam. Ontem, Koff se reuniu com o são-paulino Juvenal Juvêncio.O clube tricolor, porém, vê com ressalvas a proposta. "Estamos afastados do C13, mas espero que, se isso acontecer, seja para diminuir o conflito de interesses que existe hoje", diz o diretor de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes.O C13 avalia que, com o fim da FBA, não há mais um fórum para a discussão das equipes de fora da entidade. A CBF, que assumiu o controle da Série B, vai só fazer os repasses financeiros do contrato com a TV Globo.Com essa proposta, o C13 negociaria os contratos da primeira e da segunda divisão e avalia que teria mais força política para fazer reivindicações.A CBF diz que, a princípio, não vê a ideia com bons olhos, mas que vai acatá-la, se essa for a vontade dos clubes."A gente conhece os dirigentes do C13 e sabe que são pessoas que sabem gerir", João Nilson Zunno, afirma o presidente do Avaí, que subiu neste ano para a Série A e pode ter assento no C13, assim como Santo André e Barueri.O clube do ABC também aprova a medida. "Apesar de ser o primeiro momento do Santo André na Série A, é importante para melhorias no futebol, até nos estádios, o que é bom para a Copa-14", analisa o presidente Ronan Maria Pinto.Pela proposta, os clubes não teriam assento imediato no grupo de elite, apenas os que estiverem na primeira divisão. Mas a entrada definitiva aconteceria se o clube se estabilizasse por um período, ainda a ser definido, na Série A. O estatuto do C13 prevê a entrada de novas equipes na entidade, que existe há mais de 20 anos.""Sou totalmente favorável à aproximação do C13 aos clubes da Série B. É preciso que exista uma entidade para todos os clubes, uma espécie de subdivisão do C13 para comandar a Série B", diz Manuel da Lupa, presidente da Portuguesa, que é do C13, mas disputa a Série B.""Da nossa parte, [a aproximação com o C13] é uma reivindicação muito antiga, essa segregação de clubes compromete a própria competição. Defendemos há tempos um tratamento mais igual e justo para os clubes brasileiros. Nós [da Ponte Preta] temos história, camisa e tradição", argumenta Sebastião Arcanjo, diretor de futebol da Ponte Preta, que também estará na Segundona.O São Caetano, que chegou a ser uma das principais forças do país e hoje disputa a segunda divisão, mostra-se favorável.""Sempre me relacionei bem com o pessoal do C13. Mas, se tiver uma aproximação maior, ótimo. Quando disputamos a Série A, vimos que o C13 negocia muito bem a questão dos direitos de televisão, talvez pudesse assumir isso da Série B, mesmo que nem todas as equipes sejam filiadas", declara Nairo Ferreira de Souza, presidente do São Caetano.
Fonte: Folha de São Paulo
1 comentários:
A Folha não desiste. Quer convencer a quem que é melhor os clubes da Série B se juntarem ao Clube dos Treze, a pior organização/associação do futebol brasileiro, em que seus dirigentes confabulam diariamente contratos mal-intencionados com a Cbf e Rede Globo, visando privilegiar exclusivamente o seu grupo e inibir o potencial de quem está fora?
É muita cara-de-pau. O São Paulo já caiu fora dessa reunião de clubes e cartolas corruptos. Quem tem vergonha na cara, não admite esse grupo de negociatas. OS clubes nordestinos tem que levantar a voz e se organizar, formar um grupo forte, para combater isso. É bairrisimo contra elitismo. É o único jeito para tornar as coisas mais democráticas.
Postar um comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.