Atônito da maneira como a direção da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) agiu para reassumir o controle geral do Campeonato Brasileiro da Série B, o presidente da FBA (Futebol Brasil Associados), José Neves Filho, acredita que vai ser criado um imbróglio jurídico, uma vez que a sua entidade tem um contrato assinado com a CBF com duração de cinco anos (término em dezembro de 2010) para gerir e comercializar a competição.
”Ainda não fui comunicado oficialmente, mas pelo que vi isso é uma medida ditatorial. Trata-se de uma medida unilateral, mesmo porque a FBA é uma entidade que está em plena atividade e depende, justamente, dos recursos que agora estão sendo passados para o controle da CBF. Acho que se trata de um fato grave, muito sério e quem perde com isso é o futebol brasileiro”, explicou José Neves.
Fincar a trincheira
O dirigente garante que não vai abandonar a “trincheira” em defesa dos interesses dos clubes e da entidade.”Posso lutar e vou lutar”, conclui Zé Neves.O vice-presidente da FBA, Alexandre Frota, participou da reunião de segunda-feira à noite, na sede da CBF, que definiu a brusca mudança no controle da Série B. E considerou tudo como inexplicável.”Indaguei os motivos que levavam a CBF a tomar tal atitude, mas não havia uma explicação natural. A FBA vinha administrando bem seus recursos, inclusive o Zé Neves, atual presidente, vinha parcelando a dívida da gestão anterior de R$ 10 milhões, pagando R$ 2 milhões por ano. A FBA fez da Série B um produto vendável, tanto que já negociou para este ano com várias empresas. Acho até que estes negócios devem ser absorvidos pela CBF”, explicou Frota.
Para vice-presidente é inexplicável
Inconformado com a medida abrupta da CBF, Frota desferiu várias palavras de ordem.”Manda quem pode e obedece quem tem juízo.Desejo, sinceramente, que a CBF possa fazer mais e melhor do que a FBA realizou nestes últimos dois anos”, contou.Negrão também ficou decepcionado com a postura dos dirigentes presentes à reunião no Rio de Janeiro.”Eles viviam reclamando da falta de recursos e, agora, chegam aqui e aceitam, com a maior naturalidade, até uma redução de valores. É inexplicável!”, concluiu.
Acordo pior
Apesar de toda arrogância do presidente Ricardo Teixeira ele deixou os clubes para trás. Só garantiu o valor mínimo de R$ 600 mil do acordo com a televisão, um acordo já firmado pela FBA com a Rede Globo. E não garantiu valores em painéis publicitários, apenas que vai negociá-los. Vai continuar bancando, como fazia a FBA, as despesas com hospedagens e passagens áreas, mas não vai atender um antigo pedido dos clubes que pedia à CBF que pagasse as taxas de arbitragens, sempre onerosas para os clubes.Quem venceu nessa história toda? A CBF e a Rede Globo, com certeza. E os clubes que se virem.
Fonte: Futebol Interior
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