Desde o ano passado a FBA tenta diminuir a participação da Sport Promotion na gestão comercial do campeonato. Em 2002, quando a entidade foi criada, os contatos comerciais da agência foram fundamentais para garantir a realização do torneio. Depois, com o passar dos anos, gradativamente a Sport Promotion foi se “apoderando” da venda de propriedades do torneio, ao passo que, com o sucesso da Segundona (leia-se a presença dos grandes), ficou menos complicado vender a competição.
O grande problema para a FBA nesse processo de “fritura” foi a relação de longa data da Sport Promotion com a cúpula da CBF. Desde 1989 a agência é parceira da entidade na venda da Copa do Brasil. Também, em 2007 a Sport Promotion criou o projeto “Marcas da CBF”, com o objetivo de montar um padrão de comunicação visual e comercialização para os Campeonatos Brasileiros das Séries A, B e C, além da Copa do Brasil.
A Sport Promotion não costuma aparecer muito na mídia, mas se relaciona muito bem com as emissoras de TV. Seus donos, o publicitário José Francisco Coelho Leal (conhecido como Quico Leal), o ex-radialista Paulo Roberto Bastos e o engenheiro Alberto Belotti, são avessos a entrevistas, mas circulam com bom trânsito nos grupos de TV, com os quais constroem e comercializam eventos. A empresa, inclusive cresceu desenvolvendo projetos para as emissoras de TV.
Foi nos anos 80, com a criação do “Show do Esporte”, na Band, que a Sport Promotion ganhou terreno no esporte. Depois, com a união à CBF, a empresa deu seu grande salto para dentro do futebol. A FBA, com menos histórico de relacionamento com a cúpula futebolística do país, sentiu agora na pele a influência da empresa.
Será muito natural que, a partir de agora, a venda da Série B, tal qual acontece na Copa do Brasil, fique a cargo da Sport Promotion, que de fato se tornará a “representante oficial” da Segunda Divisão Nacional.
Não foi só o Corinthians quem minou a participação da Futebol Brasil Associados (FBA) na gestão da Série B do Campeonato Brasileiro. O relacionamento turbulento entre os dirigentes da FBA e a cúpula da agência Sport Promotion foi determinante para que tivesse fim a primeira entidade representante de todos os clubes de uma divisão do futebol nacional.Fonte: Blog Erich Being
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